domingo, 29 de março de 2015

O Prazer aqui é Norma

Últimas linhas de uma canção
Últimas gotas de pequena dose
De absinto nesta minha apoteose
Em um passado clássico em modernização.
De mim, afasto a tua mão!
Templo sagrado onde prego cerimônia,
Onde me gritas para vivermos parcimônia,
E o que escuto é eco ensurdecedor
Onde o plural não é pra ti significador
Mas em mim é tal qual dose de amônia.

Sorrio e sou trovador, poeta, escritor
Te faço completo ao tempo presente
E o que existe em ti quando estou ausente
É o não domínio da tua vontade, prazer escravizador,
Utilitarista, sem culpa. Mesmo apaixonador
Tomaste tuas decisões de correta forma!
Viva o prazer! O prazer aqui é norma!
E se eu nem fui um diferencial para ti
Finjo que nem sei, tanto já esqueci
Que eu mesmo deixei tua plataforma.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Amargor

Que angústia! E que linda soa a palavra. Triste é a lamentação, e nem sorrisos, nem vontades e as vontades tão poucas me fazem querer fazer o tempo voar. E se voa, não sei, sei que nem sei do que de mim caçoa.
Sabe o amor? Nem sei. Sei a tequila a vodka e o suor de uma noite mal dormida entre pernas e sexos de um vazio tão intenso que nem corpo me senti.
Se a alma sobe ao céu, eu vejo o inferno de um colibri.
Tal segismundo me senti a entoar poemas de Azevedo, e mesmo em prosa eu procuro rimar o que o mal me fez, fez medo e medo sou eu hoje se ando em beirada de muretas de pontes, se atravesso faróis abertos de olhos fechados, ponho a cara a tapa de navalhas, vivendo dias amargurados.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Vazio

Sem palavras para muitos cafés que tomei hoje

segunda-feira, 2 de março de 2015

Um pouco

Um pouco de mim é tudo o que eu tenho para dar
Pouco do beijo, pouco tempo a dedicar.
Um pouco de mim é o que tenho para dar.

Elevar-te ao céu e com um toque, louco te deixar
Fazer muito do meu pouco e pouco a pouco se entregar
Eis o pouco de mim que eu vou te proporcionar

Escutar teus sussurros, rubro te tornar
Passar a noite acordado para com teu toque levantar,
Pela manhã em tuas mãos eu cresço,

Um pouco e um pouco mais é o que te ofereço
Sabendo o final, e que final é rápido de chegar
Já que o pouco que tenho não pode te sustentar.

Saiba que a rima pode ser pobre, mas rico é meu pouco
E se a ti escrevo, é simples, é coisa de louco
E se tudo que tenho é pouco, venha do meu pouco se aproveitar.