quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Dezembro do amor

Ai, esse mês. Fechou muito o ano. Coloquei dezembro do amor no nome e há tempos não usaria essa nomenclatura, mas acho válida pro momento. Mesmo.
Tanto porque me senti melhor amado e amando mais minha família, meus amigos e amores. Quando digo amores quero dizer que vivi momentos com quem eu tanto sonhei. E sabe, parece que aquela tarde na Pinacoteca foi o final. Afinal, filhos da puta são filhos da puta. E não falo isso com raiva. Apenas indiferente. Ou tentando ser indiferente.
Passar alguns momentos com quem poderia substituir o vazio e ver que se existisse uma escola de putas, eles seria o dono... E viver de sonhos de amor substitutivo à distância? Acho que não rola.
Foi um mês de amor porque eu aprendi a me amar mais. Dar-me oportunidades, ver que é possível seguir o caminho de uma maneira árdua, mas que vale a pena.
Foi amor porque eu tive bons momentos com minha mãe andando na Paulista, jantando, ou indo ao cinema com minha irmã. Foi amor porque eu senti saudades dos meus amigos. E com eles saímos, fomos a Bubu, ao Anexo B, festa da empresa, a bares, a chá de bebê. Enfim. Dezembro foi amor e que seja amor daqui a pouco em Copacabana. 
O dia de natal teve almoço em família e foi bom ter momentos assim e ver quem e quem não importa. O que mais importa é o caminho, ah, é o caminho, e que hoje, amanhã e sempre seja um dia de amor!

Cinema
Ouija
Hoje eu quero voltar sozinho
O ciumes
Exodo

Livros
Completei os 56 contos de Sherlock Holmes

Viagem
Rio - 31/12/14 - 01/01/15

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Colocando Metas

Não sei o que aconteceu nesses dias que eu percebi que metas e o meu jeito metódico de ser, podem, por vezes, me fazer mal ao invés de bem. Eu escrevo todo final de mês com um resumo do que eu fiz ou deixei de fazer. Ao final do ano, há um resumo geral de minhas impressões. Haha é bem capaz que seja um bom exemplar pro museu da pessoa no futuro, mas não sei por quanto tempo esses escritos e esse hábito vai perdurar. Já são quatro anos fazendo isso. O fato é que eu vou separar essa véspera de natal pra organizar minhas vontades pra 2015 e ver o que eu consegui alcançar em 2014. Mas vou pensar em pensar menos, assim será menos sofrimento, certo?

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Te deixei

Que amor estranho de se dizer
Que sentimento torpe, sem nem
nada fazer, não sou ninguém
Te escuto, escuto mais o prazer.

Que dias vãos em vãos que se vão
Falta-me o ar de dias quentes
Entre nós, risos em vertentes
Pois é, falta-me o ar do verão

O significado que aos beijos dei
Me humilham em lágrima secas
nos toques alheios que não encontrei.

E mal cheguei, te olhei, logo parti
Lendo Neruda e algo de Sêneca
Parei de sentir, te esqueci, te deixei e morri.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Retraso

Eu queria escrever algum poema, sabia? Ia ser mais fácil. Eu não estou encontrando palavras, porque eu consigo escrever quando estou muito feliz alguns poemas razos e de pouca profundidade. Quando estou triste escrevo para arrebentar. De minhas mãos saem coisas incríveis... Agora quando a água está morna, quando a rotina impregna, quando seu olhar me olha com indiferença, ou nem me olha, eu não consigo escrever linhas que mostram a sucessão dos fatos e o que eu sinto, e me sentiria um falso ao fazê-lo.
Talvez eu ame intensamente, mas essa tensão já passou e eu nem gosto mais de você. É aquela coisa do  "eu amo, mas não gosto mais". Minha intensidade sufocou você e você que poderia ter me sufocado tanto quanto e se entragado pelo menos por um dia... Ai eu não sei o quanto e quando e se, e como você se entregou, se ao menos eu tivesse uma certeza... É, pra você eu sou mais um rostinho bonito e quem me tratou bem não me atraiu tanto quanto você o fez.
Aceitar que eu perdi talvez vai doer menos, mas eu vou lembrar da minha juventude um dia e reclamar o quanto poderíamos ter sido felizes e só você não viu, ou viu tão bem meu egoísmo que no fundo foi a única pessoa que me protegeu.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Silêncio

Aprender a ficar em silêncio, observar e fazer comentários sem soltar palavras é meu maior desafio pessoal.
E imagino que seja também o maior desafio de 2015. Minha lista de objetivos está praticamente pronta.
Assim como minha organização da vida financeira. E ah... quero escrever tanto mais nesse blog, porém me faltam forças. Mesmo. :/

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O último beijo

Os dois entraram naquela varanda depois de tantos meses sem se ver e depois de tantos anos sem ter um momento assim, a sós. Tinham passado por uns minutos na fila da Pinacoteca do Estado já que o ingresso no dia não era pago e parecia que São Paulo tinha combinado de ir ver Ron Mueck. A fila da volta no museu que dava pra ver da varanda que ficava aos fundos da pinacoteca.
O engraçado porém, era que o pessoal parecia só visitar o primeiro andar, e esqueciam de prestigiar a exposição permanente do segundo andar. Era ali que os dois jovens estavam.
Um vestido um pouco mais descolado e outro bem vestido, sendo que o segundo parecia tomar as rédeas do que acontecia e até da conversa e o outro parecia permitir ou não os acontecimentos.
Em um ambiente como aquele seria complicado qualquer tipo de aproximação, o fato é que o coração do Venturi batia forte, poxa, batia forte e os pés indicados para o outro jovem, não mentia o interesse sincero de quem já tinha sofrido um pouco. Entretanto o passado naquele momento pouco importava e do nada o nosso aventureiro, com o coração na mão, virou e disse "Deixa eu fazer uma coisa" e aproximou-se repentinamente, envolver a cabeça do outro em suas mãos e aproximando as bocas. Por um segundo, Venturi jurava que o outro iria esquivar, mas na realidade o beijo aconteceu.
Foi um beijo doce, um beijo perfeito, digno que cena de filme e páginas de delírio em um livro.
Venturi se entregou e do nada parou de se entregar. É como se o diretor da cena pedisse para parar por mais que o beijo continuasse. De alguma maneira a energia pareceu ser interrompida e foi aí que o beijo que parecia recíproco, tornou-se oco do outro lado. E pareceu, por aquele instante, que os quatro anos de história só valeram pro Venturi, e que a ideia fixa de um louco apaixonado, fixou-se tanto na cabeça do outro que só restou a atração e o tesão básico de alguém que nunca teve fogo nem pra um olhar sincero.
Venturi viu-se liberto, porém como escravo dono de si, doou-se mais sem desistir de ter o que ele nunca conseguiu encontrar em quem de certa forma, um tanto quanto platônica, amava, o coração.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Convicção.

Tome seu tempo novente, Foi paciência até então. Eu fui paciência. O que alguns dias, o que alguns beijos, algumas fodas, alguns momentos tristes e felizes farão de diferença? Nada.
Nada fez diferença e então vai, não te prendo, não te falo mais "eu te amo" tão cedo. Toma seu tempo. Vai respirar, porque o beijo já demos, aquele final ou aquele inicio. Problema meu se eu eternizei cada segundo. Tome seu momento. Porque o meu já passou e se a questão agora é esperar sua convicção, que eu espere. Só não demore muito, pode haver por aí muitos outros mais convictos que você. Mas, que nem eu disse... Tome seu tempo