quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Empty Words

Quando será que eu vou receber a réplica sincera de um "estava com saudades do seu beijo" ou "sinto sua falta? O que mais dói nisso é falar palavras vazias a um vácuo completo. Empty words.

domingo, 20 de novembro de 2016

História de Amor

Esses meus registros meio mal feitos desde há muito não significam que eu não tenho significado minha história própria. Só estou tentando vivê-la de outras maneiras menos sistematizadas. Eu quase começava a escrever para algo acontecer e não o contrário.
Amor. Eis o dilema da vida junto ao poder. O Poder não te pesado tanto para mim, mas o amor sempre foi protagonista nesses poemas e nesses devaneios.
Passaram-se seis anos desde que eu, pelo menos penso, conheci algo que eu nomeei de plenitude. Eu conheci isso e nunca mais eu consegui chegar nesse mesmo nirvana. Acho que o fato de ser novo e inexperiente te ajuda e chegar a essa plenitude de confiança, de se jogar de uma ponte de olhos vendados sem proteção sabendo que não vai acontecer nada; Isso para mim é plenitude.
Eu o conheci num dia normal, que queria ver meu crush e ver se ia rolar algo, mas o fato, é que ele era o atual do meu crush. Paulista, praça do spot na frente do prédio do consulado da França. Quando eu cheguei ele tava abraçado com o seu ficante (meu crush) e ele estava de preto. A gente se olhou e eu fiquei meio chateado, mas eu era jovem e tudo passou rápido e logo todos éramos amigos e o crush, mais um amigo.
Foi a 30 de setembro de 2010 naquele mesmo lugar, agora ele recém solteiro, que a gente se beijou pela primeira vez. Eu estava bêbado, já podia, tinha 18 anos. Eu apaguei todas as fotos depois que ele me deixou, ainda que voltasse mil vezes e eu insistisse duas mil. Mas cada segundo está gravado aqui. Tive mil canções para lembrar, mil luas para refletir e depois de seis anos e pouco, de idas e vindas a gente ainda parece ímã.
Claro que eu sei que da parte dele sou só um rosto bonito - o galã de Hollywood segundo ele. Sou tudo e muito mais que ele já sonhou, mas a química não existe do lado dele e eu não tenho a impressão que ele queira criá-la.
A gente andou ontem, conversou, deu risada e matou as curiosidades que o tempo permitiu cada um fazer. Muitas das experiências que eu queria ter construído com ele, ele já fez com os ex dele e eu fiz outras tantas quantas. Isso já doeu, mas já não dói tanto quanto a minha própria indiferença ao tema.
Meu amor, louco, intenso, sem rédeas, só se abrandou, o tempo deu mais espaço para dividir o peso e a intensidade desse amor e talvez ainda seja o mesmo, mas é tão brando que até a tristeza pode se confundir com ele às vezes.
O que aconteceu não foi nada além de matar as saudades visual e do toque, do cheiro, talvez do olhar. Foi matar as saudades. Quantos poemas virão? eu jamais saberei. 
Eu estaria disposto a esquecer qualquer rosto de vez e só lembrar do dele. Viver o amor e a paixão muito mais intensamente que antes, mas dessa vez eu bati o carro nessa mão única.
Eu já sofri a cota desse amor e sinceramente, dele eu só quero viver de alegrias, mas então que ele seja meu motor e minha gasolina, seja minha bala, seja minha cafeína e quando ele decidir querer me fazer feliz do jeito que eu quero fazê-lo feliz sem mudar nada ele, então quem sabe, a gente realmente possa viver uma história de amor.