segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O mês que se decidiu por si só - Outubro

Virei o mês de setembro pra outubro na Gambiarra. Festa que sempre que posso vou. Era meu aniversário e comemorei feliz e pleno. Lembro que fiquei só na água e agradeci por isso: passei o dia bem.
De fato acabaram-se as aulas no SENAC-SP com uma devolutiva e nunca mais vi ninguém pra variar. Dois anos de convivência e agora contato 0. Isso me frusta. A vida continuou e eu continuei dando minhas aulas no CNA como English Teacher.
No mês de eleição as musiquinhas de campanhas eleitorais me irritaram muito, mas no dia 05 de Outubro o show do LUAN SANTANA revigorou meu ser e adorei. Curti, pulei e tudo de última hora com meu amigo Caio, que está sempre lá quando se precisa. Amigos assim é difícil achar.
Eleições passadas e o PT continua mandando aqui no Embu, com 16 anos de mandado político.
Amigos bons são poucos, mas existem e é claro que boas comemorações também e comemorei o aniversário de meu amigo Leonardo no Coconut Karaokê cantando muito e me divertindo horrores com quem tanto gosto, assim como tive uma das, senão a melhor, Gambiarra da minha vida comemorando com o Felipe Salaroli seu aniversário e tendo conversas que vão influenciar em muito ainda minha vida. Ah antes que eu esqueça o momento karaokê "cantando pokémon" entrou pra lista de melhores momentos da minha vida.
Terminei de assistir à 4a temporada de Bones, mas ainda tenho duas pra terminar. Não vejo a hora. Fiz uma tattoo de henna que não ficou legal, mas valeu a pena ser feita pra me provar o quão impulsivo sou e preciso me controlar. Tanto que atrasei o pagamento do senac (comex) esse mês. Falando nisso continuo no curso que acaba agora em Novembro e tem me dado uma noção teórica da área.
O ápice do mês foi a viagem pro Rio de Janeiro. Fui dia 19 e voltei dia 22. Já conto sobre a viagem. Dia 27 foi a festa de formatura da faculdade de minha irmã, meu irmão de RO e minha cunhada estavam aqui também. Infelizmente não consegui dar muita atenção por causa de compromissos. A formatura foi ótima, mas minha relação com minha irmã está insuportável, eu não a bloqueio, mas ela insiste em querer cortar relações. E acho que é pra onde estamos indo num futuro próximo, infelizmente. Coitada de minha mãe, isso sim.
Minha mãe agora com problemas de saúde tem usado isso contra nós, e minha irmã... Nunca a vi mais estressada. Bom, o fato é que não sei se eu comentei, mas eu pretendo sair de SP.
Sempre tive essa vontade e pra onde iria? Pra onde tivesse oportunidade e há uns 3 meses tenho pensado no Rio de Janeiro. Por que? Pois é, eu também queria saber. Vou comentar sobre isso mais pra frente, mas o fato é que fui e conheci um pouco do Rio de Janeiro.
Dia nesses três conheci tanta gente, e pessoas que marcaram minha história. É aquela pra quem eu escrevi mais da metade dos meus poemas, a outra que eu beijei na praia logo cedo e a outra que não consigo tirar da cabeça. Foram três dias de praia, revendo amigos (Ná e Fe), conhecendo gente nova, baladas, solidão, enfrentando medos... Enfim. uma viagem que valeu a pena. Vou escrever um artigo só sobre isso.
Nada de muito cultural fiz, mas objetivos alcancei. Então está valendo pra mim, isso é o que importa! Em outubro não tive escolhas, o mês que escolheu por si só. E que venha o mês da volta da minha estabilidade!

Planalto

A vista linda daqui de cima é,
Mas sei que não sei distinguir
A ilusão e de coisas reais rir,
Paro no tempo e oro por ti até
Mesmo não tendo em nós tal fé.
Deixaste-me em eterna confusão
O sim de seus olhos me disse não.
E ainda insisto e penso em ti do alto
De um edifício, de elevado planalto,
Onde nem se sustenta, ostentação.

Sorriso que cedi sem pensar,
Foi o mesmo que já te dei,
Quando a noite contigo passei
Lado a lado sem nem ousar
Roubar-te um beijo te tomar.
Oportunidade já sei que passou
Não houve arrependimento ou
Vontade de partir sem te ter
O fato é que é difícil esquecer
Sensações que tua chama causou.


Rejeição

O cheiro que impregnou meu nariz
Mesmo nem lembrando do abraço
Aquele puro que não tirou pedaço.
Nessa empreitada talvez fui infeliz
Só cheiro guardado sem ter o que quis.
O corpo não falava e só me mentia.
E toda vez que algo me dizia
Parecia mentir que nada desejava
Ao passo que alguma reação eu esperava
Mas seu olhar desviado existia.

O cheiro vem as vezes do nada
Quando menos imagino, te quero
Na aula sem atenção eu espero.
Tu, pros outros, uma alma usada;
Pra mim, aventureira, apaixonada.
Que noite bela aqui perdida
Por nós dois quase não vivida
Só do cheiro vou me lembrar
O máximo que recordo foi o olhar
E a rejeição que marco minha vida.





sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Preto e Branco

Do sono tu fazes questão de me tirar
O que era colorido estava ao teu arredor
Mas só com tua chegada e teu fervor
Senti que as cores coloriram teu olhar
E preto e branco o mundo passou a ficar.
Não sei quem o leito teu já marcou
E se alguma marca antiga ali ficou
Que eu apague com minhas formas
E que eu destrua tuas antigas normas
Marcando meu eu no teu leito como sou.

Calar-te-ia com um beijo sem respiração
Ao passo que o toque, rijo lhe deixaria
Apto pra ser um santo e fazer baixaria.
Ainda não te devo nenhuma declaração
Mas o desejo cresce, como a tentação.
No final das contas o pôr do sol resta
E estranhas trilhas de alguma floresta,
Os dois olhando o céu do Arpoador
O silêncio contemplando futuro amor
Nos diz que essa estranheza presta.




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Não lhe escrevo poemas de amor

Não lhe escrevo poemas de amor
Não ainda, já que não sei se devo.
Se da sua sorte sou seu trevo,
Não sei se lhe entrego meu pudor.
Não lhe escrevo poemas de amor.
Você me rouba de minha musa
Mesmo assim não tem recusa
De separar-me do mundano,
De levar-me ao fundo do oceano,
Dou-lhe liberdade e você abusa.

Mas não! Ainda não lhe escrevi
Promessas que uma dia atrás
Eu pra outra pessoa tão vivaz
Fazia e quase tudo prometi,
Não! Ainda nada lhe escrevi.
Como posso contraditório ser?
Se em linhas frágeis lhe parecer 
Que lhe escrevo com tal fervor.
Como posso lhe mentir o amor,
Se um poema acabo de lhe escrever?


O segredo da felicidade

Que todo dia seja uma música nova
Cantada ao acordar sem letra prevista
Com batidas da viola de um pianista.
Que seja a mistura de uma viola nova
E a flauta da qual bom artista fez prova.
Melhor acordar e sorrir ao vento à janela
Que lembrar de mágoas congeladas em tela.
Melhor mentir para si verdades possíveis
Que maximizar problemas quase não visíveis.
Se importa não sei, importa fazer a vida bela.

Do sorriso da boca engrandecer o canto
Detalhar as curvas o que o lábio faz
Mergulhar no profundo olhar audaz
Enxergar Deus em cada amigo santo
E beleza em cada ato de desencanto.
Ver o belo no feio que perto esteve,
Olhar aquele que olhar não deteve.
Sem pensar, tirar o melhor de cada um,
Sem rejeitar dor ou privilégio algum.
Eis o segredo de quem feliz se manteve.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Que importa se não foi

Nem sei se do beijo quero provar sabia? Na realidade eu nem ao menos havia pensado sobre, era tudo idealizado, tanto que essas palavras "ideal, platônico" não saíam de meu vocabulário. Quando se vê pessoalmente todos pensam que o sentimento se foi, eu não penso assim, penso que ele se transformou assim como tudo se transforma. Ele continua mais bonito, mais respeitoso e intenso. Instiga, tenho medo desse sentimento me fazer perder o pouco que já conquistei em terras distantes, pois para um artista o momento vale mais do que a carreira em si, já que podem morrer amanhã e seu trabalho é tão efêmero.
O sentimento guardei comigo, e dos poemas que escrevi decorei versos que disse em voz baixa ao passo que caminhava sobre o contorno bem marcado do sorriso ou nas ondas que o cabelo fazia. O ideal que projetei não o sou, mas até aí não enxerguei problema, o que problema é que um poeta amador quando encontra a fonte de inspiração nem sempre é capaz de tocá-la sem o respeito que ela pode vir a desejar, então melhor que foi assim, quando só o olhar falou o que as bocas não puderam falar. Cada poema que foi escrito antes do contato pessoal foi dito pelas ações de um momento, e isso guardo comigo e agradeço a quem foi fonte de inspiração. Fui considerado doidinho, e o corpo não respondeu à chamada, mas que importa se é algo simples, puro e... efêmero?

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Selinho roubado

Se do plano eu não fiz nada
Não pude ao menos dizer mal
Pois tudo do que é sensacional
Aconteceu desde a chegada
Mesmo sem chegada anunciada.
O beijo que me levou até a praia
Foi o mesmo que alguma alfaia,
Enquanto o selo roubado na escada,
Deixou uma meta a mim lançada,
Coisa que raramente faz minha laia. 

Dele tirei o melhor que é pouco
Pois se pouco, foi pra curiosidade
Instalar aqui e matar de ansiedade.
Não tenho a mínima pressa tampouco
Desse não quero tentar o que é louco.
Quero da distância e calma aproveitar
Tudo no seu devido tempo deixar.
Do selinho, beijo não deixar de fazer,
Pensando que é melhor amizade ter
Do que fazer paixão e deixar amor voar.






Máquina Que Não Sou

Lágrima é uma palavra que não rima,
Que anda só, mas que maltrata sem ver,
Quem sofre ou mesmo deixa de sofrer.
Contudo na felicidade cai e dá o clima
Que também sabe avaliar nossa estima.
O racional somente conta o suficiente
Até deixar a emoção bem aparente.
Ele é quem machuca nossos assombros
E tenta de fato nos deixar em escombros
Se força não haver contra quem não entende.

Cansei da luta com a lágrima e o racional
Que se danem os nós entre nós, mesmo
Que a partir de agora eu ande a esmo.
Se vocês insistem em manter o tradicional
Onde está a promessa do amor incondicional?
Não devo nada a quem nunca nada me deu,
Somente a você que assim mesmo me ofendeu,
Mas se unir-se aos de pensamento atado
Que tentem fabricar humano pré-moldado
Mas nunca vão roubar nada do que é meu.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Amizade de sempre e jamais!

Lindo palavreado não encontrei,
nem suficientes fontes foram me dadas
Muito menos inspiração em conto de fadas
Para as próximas linhas que escrevei
Sobre amizade que contigo sempre terei.
São versos pequenos e simplificados
Onde finais de palavras rimados
Não expressam metade do que espero
Nem o bem que pra ti quero
Ou seus futuros próximos ofertados.

Nessas poucas palavras de exclusividade
Provo que não te provo amor
Posto que amor de amigo não supõe pudor
E entre nós dois existe certeza de liberdade
Que prova quão linda é nossa amizade.
Aqui, nessas cinco linhas finais
Já provo que finais podem não ser reais
Visto que não há versos acabado que substitua
Respeito eterno pela humanidade tua
Amiga que eu não esquecerei jamais!




Poema escrito para Nathally Frones

Algema

Quando queima a intensa chama 
Já não me preocupo mais com rima
Jogar-te-ia no chão, olhando pra cima
Não importando minha fofura ou meu drama
Importando somente você em minha cama.
Rasgar-te-ia com a boca meu o desejo
De braços colados aproveitaria  tal ensejo
Sem deixar-te falar, morreria de paixão
Sem deixar-te tomar qualquer decisão
E carnal, intenso, seria então meu beijo.

Cansei de fofo ser e escrever poemas
Pensando na sua distância, desprazia.
Cansei de distribuir meus risos de um dia
Feliz o suficiente sem te levar em cinema
E com insana vontade, colocar-te uma algema.
Louco, esquisito, foda-se se eu sou
Quero te ter de jeito, logo hoje que me vou,
Mas jamais esqueça que nunca percebeste
Que os poemas e toques nunca recebeste
De quem um dia mais que te desejou.




sábado, 20 de outubro de 2012

Noite Dia, Praia e Música

Não sei e certeza que não quero saber
Das confusões antes vividas e por hora
Intensificadas em eternas estrelas de agora!
O ideal exite na imaginação, o perfeito ser
Que não existe, torna-se possível no nosso querer.
Os versos todos congelaram em seu calor,
Ao vivo vi os olhos que exalam seu fervor,
Não liguei e fui viver sem te dar atenção,
Logo em outros braços caí em tentação
Esquecendo os outros que valem minha dor. 

Sei que aconteceu rápido e de socapa,
Encontramos enfim a desejada etapa.
Onde o rosto aparece ao fechar do olho
E a lembrança quando os beijos recolho
Volta seguindo caminhos de um mapa.
Não foi dramático tampouco eu ri
Foi perfeito na manhã te ter aqui
Pena, acabou e logo tenho que voltar,
Os ponteiros do relógio continuam a girar
Mas lembro que o efêmero eternizei em ti.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ridículo

A tensão que trouxe insônia queima
Por dentro a barriga, Logo menos, Rio
Na espinha me passa um calafrio
Minha mente comigo fala e teima
Que mistério será extrema toleima.
Vivo em minha loucura e a guardo sã
Vivo como se não houvesse o amanhã
E não tenho medo de ridículo parecer
A vida é demasiada curta pra um ser
Qualquer desperdiçá-la no divã!

Melhor mesmo não medir consequência
Apenas apanhá-la e com ela rir ao máximo
Se certo ou errado, ser de ti amicíssimo,
Gargalhar da irrisória intransigência
Dentro de nossa louca inadvertência.
Tomei riscos por meras vontades minhas
Já que os outros são iguais, meras linhas!
Meu desenho em ti faz muitas curvas
E se loucura feita pra ti pareceu turva
E nada fizeste, deixaste a chance que tinhas!


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Teu significado

Vivo os dias de minha enorme conquista,
Mas admiro mesmo é o simples trovador
Que torna sentimento abrasador.
Qual sorte dos poucos pontos de vista
Que percebem meu querer idealista.
Sábios que falam "amar é virtude"
Nunca souberam de minha atitude
Em relação a ti! Tive abalo raro,
No inicio vi obscuro, agora claro
e virtude foi te ter como pude!

Tu levaste minha melancolia
As chagas, os males que ainda consumo.
Tiraste o pranto que estorva meu rumo.
Personificou o ideal em revelia,
Fogo que alumia mais que luz do dia.
Agora o mistério pra ti acabou,
Não sei se o poema puro te agradou
Saiba que ele é seu, os outros todos são
E pra mim, mesmo tu dizendo não
Não ligo, até tua rejeição me inspirou.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Soneto do Abandono

Jogado no lixo
tal qual bicho
fui eu em dor
jogado no lixo

Olho-me langue
Espelho, sangue
Meu, talvez dor
Falta-me bangue

Jogado ao lado
Animal enjaulado
Não fui eu amado

Amigos de respeito
Abandonaram o leito
E deixaram, dor no peito.



Partida Aproveitada

Então que venha o que juntos sonhamos
E quebrem-se as barreiras de mil planos
Bem inventados num passado de anos.
Recorda-me-ei o momento que juntamos
Vibrações e no futuro pensamos.
À luz do sol, beberei da ternura,
Da noite ao luar me farei tua cura,
Onde permitimos tenro romance
Por mordaz instante fora de alcance
Envoltos de nossa imprópria loucura.

A paixão já teve sua vez, já passou.
Ficou embutida no que seria ideal
Dentro da minha imaginação real
Tal lugar onde nem ainda encontraste
Pequena dor que encontrei, que deixaste.
Mentira minha citar dor não tida
E se sim, foi antídoto de ferida 
Já que esse tempo que por tu velei
Eu curei o antigo tiro que levei 
Aproveitando até mesmo sua partida.




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Metade de Outubro

São quando as tarde eu deito na minha cama macia, e embaixo das cobertas escolho o livro certo pra folhear. Admiro quão lindas são as poesias de Álvares de Azevedo e percebo quão amador eu ainda sou. Como queria poder me expressar como ele se expressava! Tão simples, puro, objetivo em sua subjetividade. Não o considero um "autor", acho que nem ele assim devia se considerar, acho que em suas loucuras, em suas dores, em suas experiências ele só escrevia o que sentia, o que vivia e experimentava. Por isso tão belas as poesias.
A vida é muito curta para não correr atrás dos sonhos que se quer viver. Estamos na metade no mês e os planos para o fim do ano e até mesmo ano que vem já começaram a ser feitos.
Eu mesmo já comprei minha pasta de organização dos próximos dois anos, assim como a próxima agenda que colocarei meus afazeres diários.
Ainda preciso ir uma vez ao cinema para me satisfazer culturalmente e em alguma ópera. Quero muito que "meus dias de cão" acabem em breve, mesmo que seja apenas uma respirada pra voltar pra a batalha com tudo no ano que vem. Sentirei meus dias assim quando sair pra comemorar sem ter nenhuma conta a pagar! Eis que espero o tempo e nesse meio tempo, aproveitar o momento.

domingo, 14 de outubro de 2012

Promessa Não Cumprida

Foi a estrela que caiu que me acordou,
Dos seus braços lembrei não provei,
Contudo amanhã oportunidades terei
De mostrar-te poemas, bobo que sou,
Sair das sombras, quem jamais amou.
Não te chamo de amor, mera vontade
Nos meus sonhos de mentira e de verdade
Você é o fantasma que me faz querer
Delirar sanando nossos desejos, morrer
Para não acordar sem você na realidade.

Não tenho o porquê idealizar o futuro
Dele não me importo se for errado
Contanto que o errado seja o esperado
E se o certo pra mim trazer escuro
que seja longe das palavras no muro.
Palavras que eu rabisquei com pressa
Dizendo que nunca desejei tão depressa
O beijo, o toque, a música e o sorriso.
E quando sua presença existir, eu friso
Que seu beijo pra mim foi promessa.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Convívio

E hoje eu separei meu dia pra pôr em ordem minha vida ao som de Chanson Française. Carla Bruni, Zaz, Joyce Jonathan... Por a cabeça no lugar correto e ficar no foco. Aceitar que a vida supõe escolhas...
Enfim, não quero nem pretendo devanear muito nesse texto. Gostaria mesmo é expressar que nada acontece por acaso, que tudo acontece porque tem que acontecer. Quantas vezes acontece alguma coisa ruim, mas se ela não tivesse acontecido outras milhares de coisas boas nunca teriam acontecido também?
Estou buscando conviver com os problemas que me surgem e aproveitar as oportunidades que me restam para buscar viver meus próprios caminhos e escolhas sem ninguém querer interferir ativamente nessas decisões. 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Chama

São os olhos que eu tento evitar,
O âmago alheio capto facilmente,
Mas tremo quando de ti passo rente.
São os olhos que tiram de mim o ar
Que junto ao sorriso me faz sonhar.
Deles eu já desenho até o formato
Embora sei que chegaste de arrebato.
Os cantos da boca já conheço cerce
Posto que a distância sua função exerce
E sem o toque fico com saber inexato.

Durmo, acordo, olho a cama vazia
Aqui, desejo-te de olhos entreabertos
Projeto, poetizo por ensejos já insertos
Em meus sonhos com tanta aprazia
De fonte que ouro certamente me traria.
Platônico Feitio, impetuosa afeição
Acabarei com isso em breve, emoção!
Sobretudo se de teu ponto de vista
Parecer-te uma chama onde se invista
E juntos à noite morrermos de paixão.


Amor demais, amor de menos

Ela não sabia se acendia outro cigarro ou não. Seus atos lhe preocupavam, mas não achava que estava ao todo errada. Tinha tido uma criação difícil e aprendeu que certas coisas não se faziam. Esperava a morte como quem espera um ônibus sem destino certo. Tinha medo. Era frágil e dependente por mais que os sorrisos conseguissem atuar tal segurança.
Amava aos filhos mais do que tudo, talvez seu maior erro e maior virtude. Amor incompreensível que só o bem deseja, mas dentro dos seus limites. Tinha medo de ver o filho partir, mas sabia que o momento chegaria e não queria estar ali pra sentir a dor da perda. Amava, amava muito quem criou e de seu ventre saiu, amava tanto que pra si não restou amor.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Bocas

Mais seca que a seca da estiagem
Molhada dos beijos mais amenos
Desejo súbito que nos amemos
Para fazer de seus lábios uma viagem
Enquanto se pode sair da vadiagem.
Contraditória, atraente, chamando
Aqueles que nem estão amando
E conseguem de tudo aproveitar
Sem nunca um beijo seu rejeitar
Mas jamais, requisitados, ficando.

São bocas que não passam de ânsia
Vontades repentinas que persistem,
Mas não duram, efêmeras existem.
Entre vontades sei, há discrepância,
Vide entre nós dois, tal distância.
Tentei sobre bocas um poema ter
Sei que beijos a todos posso ceder
É certo, mil bocas por você passarão
Embora por outros beijos tenha consideração,
São só nos seus que eu quero morrer.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Quem decide

Confusão intensa de quem muito pensa
Em consequências de um breve futuro
De um mundo sem noção, meio escuro.
Confusões necessárias de uma alma densa
Que vive só, e, pequena acha que é imensa.
Decisões obrigatórias feitas em só um frame
tomadas pelos outros sem que ao menos ame
Sem que utilize da vontade do próprio querer
Sem que utilize a essência de seu próprio ser
Sem que lágrimas, verdadeiramente, derrame.

Dever-se-ia concentrar-se nos últimos atos
Aqueles que levam para o auge ou o Declínio
E pouco se importam em causar extermínio.
Atos que resumem as confusões dos natos
A famosos ou vivos em eternos anonimatos.
Não há culpa de nunca se fazer o que é certo
Nem mérito pela verdade haver descoberto
A vida é simples e complicada até tal ponto
Ela que escolhe por onde vai, sem confronto,
Sem pensar se o correto, está longe ou perto.



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Stuck

Hoje é mais de um daqueles dias que eu abro a página de publicação do meu blog sem saber o que postar, mas profundamente desejando me expressar de alguma maneira.
É impressionante como todos nós temos vontades jamais saciadas, como fazemos coisas para nos satifazer apenas sem pensar nas consequencias de nossos atos. Isso não é nem bom nem ruim, uma vez que você pode ser o tipo de pessoa que aprende com toda e qualquer experiência que se permite viver.
É impressionante como o ser humano é nervoso, apreensivo, ainda mais esses não inoscentes das grandes cidades, como temos ou procuramos ter válvulas de escape. Tenho percebido que nessas últimas semanas tenho me escondido por trás das minhas palavras subjetivas, dos meus poemas. Com medo de deixar a coisa acontecer. Como se tudo de experiência não tão agradável que eu já vivi fosse acontecer mais uma vez. Como se dois raios fossem cair no mesmo lugar.
Estou me considerando feliz com o que já alcancei, mas ainda acho pouco, estou também me sentindo um pouco acomodado demais, não curto esse sentimento. Está na hora de inovar, de sair por aí em busca de mais aventura, experiências e conhecimento. Estou feliz, só meio parado em excesso.

sábado, 6 de outubro de 2012

Carioca


MENINO ATRAENTE DE OLHOS QUE ME SERVEM
DE PISCINA DE ÁGUA GELADA QUE ACORDA,
DE VOZ DE MÚSICA QUE SÓ ME RECORDA
DE SINGELOS SORRISOS DE BELO JOVEM
 CUJAS EXPERIÊNCIAS AINDA COMOVEM.
GURI DE ALMA COM ORIGEM CERTEIRA,
QUE ME FAZ SORRIR CONTANDO BESTEIRA,
QUE ME FAZ FELIZ EM VIVER O MOMENTO,
QUE ME FAZ QUERER MAIS, VIVER CIUMENTO,
TOMAR-TE PRA MIM, A NOITE INTEIRA.

FICO, SAIO, VOLTO, ARRISCO, CULPA TUA
MEU DESEJO, MENINO SEM LIMITES.
MESMO QUERENDO PARTIR TU INSISTES
EM PRENDER-ME E VER CONTIGO A LUA
NA CHUVA DA NOITE, BEIJAR NA RUA.
MAIS VICIANTE QUE A FOLHA DA COCA.
 MESMO ASSIM QUANDO QUENTE NOS TOCA,
MISTERIOSO TENTA PASSAR-TE SOMBRIO,
SABIA QUE DE ALGUM JEITO ERA DO RIO
NEM QUE SÓ DE ALMA FOSSES CARIOCA!


Delirar

Vontade de chegar e roubar o beijo
Sem camisa pra sentir tocar a pele,
Sentir teu cheiro que me compele,
Sorrir boca a boca, meu regozijo
De te ter em mãos, músculo rijo.
Assinar teu corpo com meu toque
Deixar-me ser assinado, seu enfoque.
Desvendar-te secreta mensagem,
Fazer nas suas curvas uma viagem,
Fazer da noite uma festa de Rock.

Com você idealizar melhor enredo,
Parar o tempo, captar teu respirar,
Pressão na cintura proporcionar,
Ao pé do ouvido, como segredo,
Recitar versos do poeta Azevedo.
Com delírios deixar-te intenso,
Desenhar na fumaça de incenso
E sussurrando te dizer "Je t'aime".
Ah! Perceba minha alma que treme
Todas as vezes que em ti penso.




quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Você me quer?

Posso sim demasiadamente louco pra você parecer,
Mas sou simples nessa vida mais louca que eu,
Pra você dou mais do que qualquer um mereceu.
Você me quer? Pergunta que ainda vai responder,
Curiosidade mil, pergunta que só me faz padecer.
Da vida não espero mais do que meu compromisso
Do seu amor apenas espero que não finja ser omisso
Da sua paixão espero o fogo, no qual eu possa crer,
Você me quer? Sei no simples ser seu próprio ser,
E espero saber que você também possa saber disso!

Balança, opostos. Dono de tudo, de todos você é,
Tenras memórias não vividas, somente imaginadas,
Todas elas com você são, pra mim muito idealizadas.
Da sua mão quero ser o toque, do seu mar, a maré,
Dos seus olhos, a pupilas, da sua cidade, seu cabaré.
Você me quer? Na minha simplicidade sei ser extravagante,
Seu mistério pôde me cativar, gentil, cortês, galante.
Errado está se pensa que imploro, a você pergunto
Se me quer, do amor pueril viver algum momento junto,
Sem pensar no depois, a dois, no beijo aconchegante.


Certos Dias

Tem dias onde a gente acorda estranho. Não nos consideramos nem bonitos nem feios. Queremos ouvir alguma música, mas ficar calados, olhos baixos, sem olhar muito dentro dos olhos dos outros. Corpo mole que prefere ficar no sofá ou na cama enquanto o o mundo corre lá pra fora.
Há dias em que o pensar demais irrita, pensar nos planos, no futuro, na conta bancária, nas coisas que devemos fazer hoje, nas obrigações diárias.
Há dias em que o ideal seria o silêncio, o campo, a melancolia. Hoje logo menos isso vai ter que mudar com as correrias do dia, mas eu acordei assim, sem querer pensar muito, sem me culpar por coisas que a culpa nunca foi minha, sem querer discussões estendidas, sem querer reflexões complicadas, só viver a maneira mais simples que a vida pode me oferecer.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Nearer

This heart of mine flies and I still stand here
I think about the sunshine near the sea shore
I remember the day we first met at that store
When your eyes have made this feeling clear
You sure got me to move in order to be near!