domingo, 29 de junho de 2014

Melhor ter falado mesmo

Não foi uma escolha tão sábia ontem eu ter bebido tanto, mas eu (inconscientemente) sabia que ia ser muito necessário beber rios e rios de alcool que pudessem apagar da minha mamória o que nem tinha acontecido ainda.
O jogo do Brasil eu perdi de ver o final e a vitória, saí correndo e fui parar em Copacabana, já alegre, falando espanhol com todo mundo e me sentindo na Colômbia. Copacabana mais parecia um mar de Colombianos por todos os lados.
O que eu vime screver aqui entretanto é só um desabafo pessoal.
Quando a gente está apaixonado somos tão tolos e qualquer coisinha parece ser o melhor momento do mundo. E não posso reclamar pois assim, eu, apaixonado platonicamente (entre aspas), vivi momentos incríveis.
Sou tolo sim e minha fama está começando a se consolidar nesse aspecto.
Eu não queria ter brigado, e eu fui profeta, realmente o melhor a ter feito era ter bebido para não lembrar e não ter tanta vergonha de mim mesmo.
Hoje doeu, não tão profundo, porque eu tinha o mar olhando para mim e impressionante como isso faz toda a diferença.ç Eu não me recordo do que falei e do que ouvi. A não ser duas ou três palavras, dois ou três olhares e por fim, dois ou três momentos.
Você falar que gosta de alguém hoje te custa a vida, te custa amizades, te custa tanto. Eu fui ridiculo sim, mas não me arrependo, porque a alma de artista que engrandece tanto as coisas vis, fez sua parte como jamais fizera e me deu uma chance enorme de aprender mais comigo mesmo.
Antes que tudo eu amo o rio e os amigos que tenho. E a paixão que bateu nas últimas semanas, foi só mais um exemplo de como eu não sei lidar com esse sentimento. Mas, tudo bem. On fait aller. Life keeps going e por aí vai.
Eu não sei o que fazer agora, mas foda-se... Amanhã o Rio me dá mais uma história.

Deus quer rir da minha cara

Deus quer rir da minha cara
Vendo meus amantes amando
Vendo o tempo passando
E Deus rindo da minha cara

Se ao menos eu lembrasse
Das sórdidas palavras faladas
Dos goles e do que tocou na balada
Se ao menos um pouco me amasse!

Treme a mão ao levantar o copo
E se vem amor eu logo topo
Enquanto para Deus e ri da minha cara

Coração que quebra e logo repara
É o mesmo que tiros impossíveis dispara
E vendo isso, Deus ri mais ainda da minha cara.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Notável

Talvez eu tenha que ser um livro um pouco mais fechado e de uma leitura mais difícil. Talvez eu deva parar de me esconder atrás de poemas com rimas médias ou músicas de terceiros que souberam colocar sentimentos em notas de um piano.

domingo, 22 de junho de 2014

As insanidades da paixão

As insanidades da paixão valeram a pena
Por momentos intocáveis de uma rejeição,
Entre dois amigos, eu apaixonado, você não,
Trocamos horas de sorrisos, Fizemos cena,
E ébrios, falei do Rio e você de Cartagena.
Todas as palavras poderiam ser resumidas
Poderíamos juntos curar todas as feridas.
Olhava-se de canto até o constrangimento,
O que me resta então é ter o pensamento
De beijos secretos e de ter as peles, unidas.

Rimos tanto que prefiro nem lembrar
Já que não sei se passei do seu limite,
Contudo, se eu pudesse daria palpite
E lhe faria os seus limites ultrapassar
Para conhecer um novo jeito de pensar.
Afoguei a mágoa na vodka ao invés do vinho,
O amor platônico, do coração é vizinho
E de tanto eu me apaixonar me perdi em você
Que é impossível, que nunca vai me querer
Pois esse é um amor que se ama sozinho.


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Carta anônima

Eu estou engolindo palavras enquanto você não me dá nada, a não ser um doce vazio de visitar-me em sonhos dos quais, mesmo farto, eu não quero acordar.
Nós nem nos falamos mais e você, imaturo, considera que eu fui forte o suficiente para matar a vontade que eu ainda tenho de você dentro de mim. Não sei porque não se justifica e se se justificasse de nada ia adiantar, pois li em seus olhos que pra sempre iria me proteger. Nego a admitir que eu estava errado.
Ao menos tenho o sonho, lá, ele às vezes é real, você não me ama tampouco, mas ao menos às vezes posso te abraçar, estar na mesma sala que você não querendo te matar como pinto pros outros.
Como eu sinto falta de ter você no meu dia-a-dia e, se sou louco, não sei... Talvez a distância é a única resposta para nossa própria segurança e, se não sou eu quem pode trazer sorrisos pra você, paciência, é melhor que esteja com ele a estar comigo... Ah, eu escrevo como se por um mínimo acaso fosses ler aqui, esse blog em sua maioria é só pra isso, cada poema, conto, devaneio, até minha vida pessoal... Só escrevo para poder imaginar que você vai ler e se importar como eu estou me sentindo, vai querer saber da minha vida enquanto eu quero saber da sua... Não, não, não quero saber da sua... Já que o que me resta é viver da ilusão e do passado, onde o que eu fiz foi projetar em você o que faltava em mim, eu vou ficar com você na memória como se fosse 2010, porque não sofri, porque te amava e suponho (e o supor é que mata) que a recíproca era a mesma. Vive aí sua vida, eu to bem, e cada dia melhor longe de você, não quero e não vou ser fardo e nem fonte pra sentir dó, só invejo seu namorado, que não tem nada a ver com a história. Invejo sim, pois ele constrói com você cada história que eu pra ser eu e você, mas foda-se. Ainda te encontro na rua e te espanco, fingirei que te odeio, que quero você mal e te convenço a matar qualquer contato, qualquer esperança. 
Sobre nossa história, o pior não é matar, é deixar as feridas abertas.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Minha fortuna

Eu converso sozinho, pois palavras murcharam
As conversas que poderíamos ter tido.
E como odeio palavras depois de ter partido
pra longe de mim. E como as coisas mudaram
saindo do controle dos que pouco se amaram.
Pouco não foi o amor, foram as horas,
Nessa distância tampouco sei se ris ou choras
E o que posso eu fazer mais uma vez?
Se quem ama sou eu, e se entre vocês
Há mais amor, e meu amor não imploras?

Por causa de você eu tentei tudo e mais
Tentei esquecer e reconstruir qualquer
besteira de nós tolos e mesmo se hoje eu quiser
tenho apenas silêncio e paredes banais
Que separam tudo o que ficou para trás.
Em quarto de hotel de cidade grande
Encontro seu rosto e mesmo que eu mande
ir embora qualquer sensação inoportuna
Ainda sei que você sem querer é minha fortuna
De um passado presente, por mais que pra frente eu ande,


sábado, 14 de junho de 2014

São Paulo, SP

Passeios que ainda tenho que fazer em São Paulo que ainda não fiz:

Feira da República
Feira da Liberdade
Feira da Benedito Calixto
Vista do COPAN
Visto do Martinelli
CEAGESP
Sala SP
Estação Pinacoteca
Estação Júlio Prestes
Jardim Botânico
Parque Burle Marx
Pico do Jaraguá
Parque Cantareira
Praça pôr do sol
MIS
Vila Madalena
Bar Skye
Edificio Itália

São apenas alguns passeios alternativos, mas um tanto quanto obrigatórios, para me prezar como paulistano e amante da capital paulista. Ótimas opções para curtir um pouco meu berço e ter mais assuntos para as mesas de bar.
Sem contar a parte da culinária que é algo a parte e que pouquíssimo conheço por aqui. Pois é, impossível uma vida para conhecer São Paulo, mas nada impede, não é?

F-útil

Estou cada dia mais apaixonado por me apaixonar. Cada dia e cada um que pela minha humilde vida passa tem um significado gigante. Como eu gosto de eternizar momentos fúteis e fazê-los os mais felizes da minha vida!

domingo, 8 de junho de 2014

"Se"

Isso, vai e estupidamente destrói
Virando a noite sem ver alvorada
Pensando no amado e na amada
Evitando tudo que ainda dói
Evitando ser romance de Tolstói.
Por que mentes tanto assim pra si?
Se no fundo ama esse frenesi
De amor longínquo e sem rumo
Sem rédeas, sem amor, sem prumo
Que vive de um infinito "se".

Eu ao menos construo enredo
que guia nossas vidas no futuro
e "se" ao menos você saísse do muro
Eu teria muito menos medo
E nosso amor despertaria mais cedo
Entretanto pra mim tudo é espanto
quando vejo luzes no teto e o pranto
é interno, porém sou felicidade verdadeira
sendo sonhador sem eira nem beira
Que (in)felizmente cedeu ao seu encanto

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Trovador

"Então vá se fuder" por um lado eu pensei no café ao tirar a foto com seu nome no copo e te enviar. Fiquei pensando que ao falar seu nome em voz alta meus amigos iam fazer a cara que realmente fizeram... Falei sem querer, por motivos outros que me levaram pra você sem querer e minutos depois quando o celular vibrou já não queria te xingar pois pensava que era uma pronta resposta, quando na realidade era mais uma amiga mandando notícias... Sim, voltei a te xingar.
Mas xingar no meu caso é tratamento, é terapia. Dentro de mim, sem direito algum, eu te coloquei num estandarte, de maneira que, sim, sem querer, mas sinto, te pressiono sem o devido direito. Você aí no interior do interior vivendo sua vida que, diga-se de passagem, muito me interessa e pouco eu sei sobre porque seu sorriso calado não permite falar senão sobre (1) seu namorado ou (2) sobre nada.
Ao passo que uma ou outra mensagem me excitam a pensar em te encontrar de novo em qualquer cruzamento carioca e depois de lançar-te um olhar de cima a baixo, sem dar oi, beijar-te a boca e sentir-te perto, pergar-te e por minhas mãos ao redor de sua nuca, eu também vejo que por trás de uma obsessão (sim, porque isso foi você que sem querer provocou), não há nada mais do que desejos infundados ou fundados no mais profano amor de verão do sudeste.
Por trás dos seu mesmo no sotaque caracteristico e meus gerundios infindáveis quem sabe aconteceria algo surpreendente que te fizesse ver o que eu vejo em você. Mas me toma como espelho e como fonte primária para saciar algum desejo que outros não aceitariam, pois sim, fui alguém que lhe permitiu e permissão era o que precisava para se entregar ao mundo que nunca lhe negou uma porta.
Eu, cicatrizado de outro pormenores, vestido com colete à prova de ensejos possivelmente  hostis e mais experiente que suas duas décadas, estava lá, quieto quando você apareceu tocando na ferida sem fazê-la doer, pintado como o quadro que eu coloquei na minha parede e venerei antes de personificar. Sem saber você encaixou a peça do quebra-cabeça de um libriano apaixonado mas não tão apaixonante, tornou-se o desafio impossível, o amor trovadoresco, a cantiga de amor que matou aos poucos o poeta e no fim... foda-se. Porque já não era tempo de tomar atitude de quem tem contrato assinado.
Pois bem, eu sei e decido por agora esquecer a praia, a festa, o passeio que tivemos, aquelas poucas horas que o encanto fez seu papel e a vontade ficou na boca apenas. Melhor esquecer, deixar de obsessão, e para não morrer, colocar no papel o "Eu quero ficar com você, esse é o último ano que ficamos separados [...]" ditos nas areias cariocas, refúgio de tantos amantes.
Enquanto isso eu faço meu papel de trovador e você de amada, que provavelmente ruge na cama com seu senhor e ilude poetas como se o mundo fosse uma cantiga de amor, que não é.