sexta-feira, 17 de junho de 2011

A vantagem de ser pobre

Vivo em meio a várias camadas sociais, diversas mesmo. Desde aqueles que não tem como pagar a passagem para ir para escola, até aqueles que falam sem problemas e hesitação que estão indo em uma viagem pelo exterior nas férias ou feriados. Desde aqueles que pegam ônibus lotado com trânsito de São Paulo, até aqueles que tem carro aos dezoito anos ou motorista particular. Me sinto estranho e acho que às vezes deslocado pelo fato de saber me portar em ambos os casos.
Pode parecer que não, mas há vantagens em morar num interior, pagar a mensalidade da casa e do carro e ter uma vida pobre simples sem muitos luxos. Eu por exemplo faria muita questão de uma casa de madeira em meio a um mato próximo a cidade, uma cama confortável com uma Tv de plasma no quarto e talvez uma lareira ali ou na sala. Já estaria de bom tamanho e nem é tão difícil assim de conseguir eu acho. O carro na garagem seria necessidade e podia sim ser um popular sem ser aquele do ano.
Trabalhar e curtir minha família, meus amigos, meus momentos, meus estudos, minhas escritas. Para que tanto? Para que tanto dinheiro? Por certo ajudaria muita gente se eu fosse rico, mas mesmo assim, não deixa de ser responsabilidade a mais. Quem disse que não gosto de responsabilidades? Gosto, só que até para responsabilidade tem limites.
Bom, sem mais para o momento.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Família, Estudos, Amores

Nossas vidas têm sido tão pesadas. Tão exigentes conosco. Arriscamos muitos por nada e nada por muito. São passos confusos. eu mesmo tenho os meus. são 18 anos de história que não podem ser contadas em uma hora ou, se muito infantilizadas, 10 minutos poderiam ser suficientes.
Penso que todas as histórias são perfeitas para um livro. Penso que um olhar numa despedida também daria um livro. E quem sou eu para escrever dos meus momentos se sobre eles eu fico remoendo dias? Será mesmo que algumas linhas seriam suficientes para passar tudo aquilo que eu quero passar para qualquer outra geração? Digo... Passar tudo aquilo que eu senti nesses 18 anos e no futuro anos mais? Não, certamente não poderia passar nem um milionésimo de sentimento em 10 linhas, hipócrita eu seria se dissesse que sim, mas não posso.
Alguns autores decidem começar um livro do fim e voltar a ele no final do livro, cineastas fazem isso, e particularmente acho lindo esse recurso. Alguns começam bem do inicio e outros nem começam de lugar algum, só começam. Eu, escrevendo aqui sobre episódios de minha vida também decidi começar de lugar nenhum. Afinal, todo autor acha que é autossuficiente para escrever o que quiser, e de fato é, afinal quem é que sabe mais da cabeça daquele autor do que ele próprio? Ele é senhor de Si, por mais que seja um insignificante. Nossas ações, pensamentos só têm a nós para governá-las. Não digo influências, pois essas vem de toda parte.
Preferi focar na minha vida familiar, no meu estudo e nos meus amores, talvez tenha esquecidos dos amigos e de algumas risadas inesquecíveis, mas esqueci. Talvez da música, do momento, da vigem, da rua, do metrô, foquei só no que me deixava mais estressado. Como por exemplo o dinheiro. O maior pecado é amor ao dinheiro e eu acredito que seja. É um pecado horrível ficar dependente dessa droga. Mas enfim, não vou prolongar em mil temas. Muitos filmes e livros deixaram de ser bons por isso, perda de foco. Nesse Blog tenho tentando contar um pouco mais da minha vida. Então é dela que vou falar, da família, dos estudos, dos amores. Enfim, três assuntos que são infinitos, mas que acabam um dia para todo mundo. Mesmo sendo estranho é isso o que decidi. É isso em que me resumo: família, estudos, amores.

domingo, 5 de junho de 2011

E... voz

"Deus separou o claro do escuro, separou o mar da terra, separou o macho da fêmea, separou o bem do mal. E se Deus já começou separando, quem sou eu pra falar de união? Mas eu digo que o homem é bicho que nasceu pra ficar tudo junto. Da vida eu digo que é longa demais para dizer que é curta e é curta demais para dizer que é longa. Do mar eu digo que é grande demais para minha canoa e, do rio, eu digo que é o que me corre nas veias. Da grande cidade eu digo que já me debrucei nas suas varandas e que o mosaico de suas calçadas já viram o carimbo de meu pé. Sei de seus tumultos e barulhos e digo que nenhum deles deve ser o som da esperança. Porque os sinos da esperança não tocam nessas catedrais de pedra, nas ruas de pedra, no peito de pedra desses homens que andam por tantas calçadas que não vão dar em lugar nenhum. Do violão digo que é meu melhor amigo por ser o único que não me dá conselhos e, do sertão, digo que é minha casa. Do desejo digo que é bicho que não morre, do tempo digo que é inimigo dos homens e, do amor, digo que é inimigo do tempo."

"CORDEL DO AMOR SEM FIM", De Cláudia Barral

Com esse texto treinamos nossa leitura em voz alta com a percepção de algumas características nesse tipo de leitura:

  • Respiração
  • Ênfase
  • Respiração
  • Articulação
  • Modulação - variação entre graves/agudos
  • Tom - grave/agudo
  • Projeção
  • Intensidade entre Forte e fraco
  • Pronúncia
  • Velocidade

A mim foi pedido que eu desse mais ênfase em palavras importantes do texto, mostrando mais alegria e dando vida ao texto. Não deixando-o triste. E controlar a velocidade também.

Seminários de corpo

Na nossa última aula de corpo antes do "Break" foram divididos quatro seminários sobre os sentidos.

Audição
Júnior
Fernando
Larissa
Thaís
Emerson

Olfato
Jeff
Diego
Ariadna
Tatiana
Poliana

Paladar
Natália
Bárbara
Nildo
Gustavo

Tato
Maria
Helô
Rodrigo
Janjão
Jojô

choque de realidade maldito

Odeio choques de realidade.
Inicialmente, cabe a mim explicar o que significa isso "choque de realidade". Podemos exemplificá-lo que a didática torna-se melhor.
Imagine um garoto na metade da adolescência estudando em uma escola particular, mesmo que não seja das melhores. Recebendo grana pra grande parte dos gastos e como nunca foi um gastador, quando precisava comprar algo que almeja-se que podia ser um livro ou um dvd, juntava grana no cofrinho sem pressa e comprava. O cara que era estudioso e sempre quis aprender idiomas por exemplo tinha os cursos pagos pela família e o caralh* a quatro.
Daí um certo dia, sem alguma experiência o garoto escolhe uma profissão que não é aceita pela família, para completar ele tem que mudar de planos e mesmo com planos mudados de uma hora para outra é obrigado a pagar a faculdade, os cursos de idioma, o transporte, a alimentação, e tudo o mais. Então... isso é a merda de um choque de realidade e uma merda dessa me impediu de cursar teatro (que curso hoje sofrendo como um cão) me impediu de fazer uma faculdade, me impediu de tudo. Em resumo é um caralh*, sim estou nervoso, obrigado.
Sabe o que é pior, é que aqui e agora sinônimo de amadurecimento é perder sonhos que tinha juntado em uma caixa. Quando olho para eles e penso no que podia e ou poderia ter feito eles somem, pois não tenho a chance de alcançá-los mais. Não tenho apoio de ninguém para exatamente nada e também não quero mais. Não fico mais chorando pelos cantos do meu travesseiro pensando no que poderia ser da minha vida. Se é aceitar o destino que eu tenho que aceitar, pois bem , o aceitarei de cabeça erguida e friamente alegre, pois cansei de depender emocionalmente e financeiramente dos outros.
Vamos direto ao ponto, o cara legalzinho, bonitinho, e etc. que era o Jefferson aqui não existe mais. Calma lá, continuo sendo incorruptível e tudo o mais, mas nada que vá me deixar o anel no dedo anelar*, agora ele está no indicador e bem que merecia um no dedo do meio. Afinal de contas, a vida tem sido engraçadinha comigo nos últimos tempos, então se isso significa entrar na dança das cadeiras com ela, que eu entre e ganhe o jogo nem que dessa vez eu tenha que prestar mais atenção em tudo. Aff, não posso fazer a facul que eu escolher pq é integral ou não tenho apoio da família na profissão. Quer saber, dane-se, dane-se, dane-se, dane-se. Eu farei o que será de valia pra mim e só para mim, FUCK OFF. GO SCREW YOURSELVES. Aff.

*Anéis em cada dedo tem um significado. No indicador indica tanto liderança qunato prepotencia, no do meio, tanto independencia quanto desprezo, no anelar, tanto emotividade quanto sensibilidade extrema.

sábado, 4 de junho de 2011

Ainda

Talvez eu tenha escolhido a profissão certa como ator, pois cada dia quero ser uma profissão diferente. Mas sabe? Não é isso que me atormenta, apesar de eu querer estudar e tudo mais, não tenho essa oportunidade como muitos têm. Queria só estar numa faculdade de cabo a rabo o dia todo, num curso integral e vivendo essa etapa da minha vida que eu não posso por motivos financeiros e familiares.
Como disse cada dia quero uma coisa e isso é normal na minha idade quando você se dá bem com muitas coisas. Mas é um saco imenso não ter essa oportunidade de estudo estudando seja lá o que for.
Na realidade, eu sei que não terei essa oportunidade e fico triste por isso, me sinto como se serei um profissional incompleto, como se não houvesse estudado tudo o que eu pudesse. Tenho que abrir meus olhos para a vida e aceitar alguns caminhos que me são impostos. Não todos é claro, e nem tenho feito isso.
Veja só pelas minhas decisões, mas na realidade vejo que tenho negado várias oportunidades de crescer naquilo que não desejo agora, mas quem sabe um dia poderei fazê-lo.
Será, por exemplo, que Ciências Sociais, história ou letras são uma boa opção? E por aí vai. Estou meio perdido ainda. Ainda