quarta-feira, 31 de julho de 2013

Julho, de favorito a preterido

Julho, em geral, é tido como meu mês favorito. Não tanto por ser geralmente férias escolares, até porque não me agrada tanto o ócio. Gosto do clima em São Paulo e em Londrina nessa época do ano, com temperaturas baixas e altas e chuvas esporádicas.
Esse mês me reservou mais algumas surpresas. Com a vinda da minha mãe para Londrina, passamos uma ótima semana juntos. Estou bem próximo a ela desde o início do ano. Estou praticamente sendo contratado numa escola de inglês daqui da cidade, o que é um ótimo começo para se estabilizar no Paraná. Assisti a muitos filmes em casa e fui ao cinema uma ou outra vez.
Como já mencionei em outros artigos, não ando muito bem de saúde. Não quero postar aqui ainda sobre o que se passa comigo, mas é algo que tem me impedido de fazer coisas consideradas essenciais e simples na vida do ser humano.
Sou do tipo que tem energia de sobra, e quando me vejo incapaz de treinar o kung fu, ir à academia de ginástica, caminhar no lago da cidade, andar de bicicleta (que ainda vou comprar), trabalhar, estudar sem dor... Quando me vejo assim a depressão bate. Como me senti só nesse mês depois que minha mãe voltou para São Paulo, e aí outras recordações batem na memória e as coisas se complicam. Deus tem me colocado provas altas de fé.
E foi entao que, repentinamente, eu fui visitar Sao Paulo e passar a ultima semana do mes por la. Sendo bem sincero era o que, psicologicamente, eu estava precisando. Nessa viagem eu vi a maior parte das pessoas que me apetecem. Foi uma viagem o suficientemente boa para dar certeza a alguns projetos que eu tenho na vida e anular outros. vi muita gente, visitei muitos amigos, passeei bastante, fiquei bastante com a familia tambem, tomei meu cafe preferido e ainda fui ao restaurante que eu gosto.
Sabe, eu realmente quero ter mais "familia'' em Londrina e me estabilizar por la. De vez em nunca viajar para lugares interessantes e de vez em sempre vir pra SP para um show, um cafe, amigos e familia. Situacoes me colocam isso na mente. Nao aguento mais duas horas dentro de trens e metros e onibus, por enquanto a pacata e agitada vida do interior do PR e o que me apetece. Na virada do mes voltarei para Londrina e Agosto, o que segundos crentes e o meu inferno astral, comecara, boa sorte pra mim e pra nos nesse mes que, espero, reserve boas surpresas.
Uma festa julina do cursinho da UEL e uma balada lotada também fizeram parte do pacote do mês.
Julho então se resumiu a esses acontecimentos: Dona Galega em Londrina, Eu em Sao Paulo, filmes, cinemas e cama.

Cinema
Minha mãe é uma peça - 2x (Uma com minha mãe - Milagre)

Livro
Aprenda a falar italiano

Filmes
La educación prohibida
Confúcio
O tigre e o Dragão
De pernas pro ar 2
Guerra dos mundos
Meu malvado favorito

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Nessa minha vida insana

Os olhos se enchem d'água
Enquanto as dores contam
Os dias que se remontam
Ao passo que o mundo acaba
Mas é aqui que a fé desaba.
A maneira seria por fim
Voltando no tempo do sim
Tempo de beijo de presente
No aniversário de tempo ausente
Onde eu amava e amava a mim.

É! eu era criança sem pecado
Com um mundo de descobertas,
Com amigos de mentes abertas
Com o coração aconchegado
E na família eu era amado.
Morri ali, naquela doce semana
Com uma vida nada cigana. 
E foi em noite de outubro e chovia,
Quando plenitude eu pensaria
Que teria nessa minha vida insana.


domingo, 14 de julho de 2013

Inexpressável

O Facebook me pergunta "Como você está se sentindo?" E eu respondo: "Inexpressável".

sábado, 13 de julho de 2013

A mentira do humano

Uma das coisas que eu mais devo admirar em humanos é nossa capacidade e vontade de nomear tudo e fazer regra de tudo. O amor, que eu tanto escrevo, é um exemplo clássico. Todos temos a ideia de amor na cabeça desde pequenos, como ele tem que ser e o que é ou não é amor. O fato é que amor não se toca, não é palpável e cada um acaba dando significados diversos a esse sentimento.
Eu estou aqui e ainda imagino um passado de felicidade plena às vezes... Época em que problemas por maiores que fossem não eram nada. Que o que existia era uma gama de sonhos para serem explorados e saber que tudo ficaria bem no final. Parece que o se passou depois daqueles dias foi tudo post-mortem, e sendo muito sincero, quisera que o fosse.
O fato é que estive errado o tempo todo, amor, e qualquer outro sentimento é mais uma invenção humana, mais uma nomeação. Amor nada mais é que a vontade de não morrer sozinho, de não querer que esqueçam seu nome, é egoismo em sua maioria. E aqui estou eu, como uma criança que parece sem doce, que nem parece mais criança.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Voltando no tempo

Eu romantizo o que escrevo, se fechasse os olhos e voltasse no tempo para ser escritor ao meu lado estariam os românticos, idealizando e banalizando ao extremo o mundo. Ao meu lado estariam os byronistas e se fosse voltasse ainda mais, estaria tomando chá com Platão, mesmo apunhalando suas opiniões sobre a arte.

Só Deus sabe

Só Deus sabe que eu quero que meu mundo acabe
Só Deus sabe a dor de um amar com tanto ardor
E eu, que pequeno, tento mentir e ser sereno
E ao pé do ouvido finjo amor que queria ter tido

Só Deus sabe a saudade e se aquilo foi verdade
Só Deus sabe o sentimento e se real foi o momento
E eu, desejei amor esculpido, roubei flechas de cupido
E ao pé de minha cova, levei um chute, levei uma sova

E agora pertenço a minha cama, e o amor me jogou na lama
De ontem entrego a alma ao diabo, pra esquecer e dele dar cabo
Jogar água nessa chama de um pobre esquecido que tanto ama.

Gritos finos, luzes que não piscam e mais gritos em meio à dor
Incertezas, abismos que não tem volta, vida que nunca solta
A liberdade que nunca volta, e a morte aos poucos de um louco amor.



segunda-feira, 1 de julho de 2013

Manhã no lago

Cada linha que eu escrevo tem menos inspiração me parece. Parece mesmo é que na dor que as palavras correm pela minha boca e escorrem pelos dedos no teclado de meu computador. Parece que nas tragédias eu encontro tragédias e dramas, e nos dramas eu encontro a comédia de uma cena de teatro, ou mesmo um conto ou um poema.
Concentração tem sido uma atividade bem difícil ultimamente. Devido ao fato de dividir apartamento, devido ao fato da conta bancária, dos amigos poucos, das vontades impossíveis...
A dor que sinto como ator é diferente, é a única dor gostosa que tenho sentido em toda essa situação. Essa doença que não é doença, essa família que não é família, esse mundo que o individual briga com a sociedade, esse país que pensa que muda de um dia pro outro... É ver a dor do outro e senti-la e de repente sou eu mais um salvador tal como Strindberg.


Um dias desses, como hoje talvez, não dormi e logo cedo, mais precisamente as 6h da manhã abri a porta e fui andando para o lago igapó que fica a 4km de casa em média, e o sol nascendo eu vi pessoas se exercitarem, eu não corri por não ter energia para tal, mas entrei em contato com o eu, meditei, me equilibrei em uma perna só, expus-me ao que muitos achariam ridículo, mas esse era o ator dentro de mim, se expondo, se aventurando, fazendo o melhor que se pode ser feito, e tacando um foda-se para os problemas.
Por uns segundos fui feliz, não em plenitude, mas fui feliz. Sentir o sol da manhã me cegar e engolir o ar pisando na grama molhada pela madrugada fria. Visões poéticas à parte foi essa melhor sensação do dia e da semana, e que ela se repita por muitas outras vezes. É na simplicidade que encontramos a vida de verdade, porque a vida é simples, complexos somos nós.