sábado, 17 de dezembro de 2016

Passado

Estou precisando do amor que eu joguei fora,
perder-me em definições fúteis que criaram de mim.
Estou precisando parar de beber pelo meu rim,
Mas quero beber o que quero, já que bem agora,
seguramente, voltei a ser o mesmo de outrora.
Com presença das mudanças mais significativas,
Entre os iguais posso ver que emoções foram ativas
E as ações faleceram mesmo com todo esforço.
Tão Claro! Dessa vida vivi somente o esboço,
Quando a cada decepção matei em mim perspectivas.

Insisti em todo o jogo feito por você nessa insanidade,
insisti em toda paz perturbada, em um conto de fadas
que ninguém mais poderia tocar, e nessas decisões tomadas
com base em momentos únicos de absurda intensidade,
acabei com minha vida, acabei com minha castidade.
Como voltar a ser alguém que o tempo já apagou?
A mudança foi brusca, o menino nerd madurou
E se entregou sem medo as experiências do mundo baixo,
E se hoje sou quem sou, é porque nele eu me encaixo, 
Mesmo ele sendo um passado que nunca passou.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Um final de semana sozinho

Não. Não passei o final de semana sozinho, isolado. Não fisicamente. Pelo contrário, estive com muita gente, em muitas situações e ao mesmo tempo isolado. As coisas fluíram como tinham de ser.
Uma sexta-feira melancólica no cinema reserva cultural assistindo ao intrigante "juste la fin du monde" e aquela caminhada na paulista lotada percebendo as pessoas ao meu redor sem ser notado. Falei sozinho em francês...
Um sábado de sol investido com pessoas curiosas pelo idioma catalão no instituto catalão de São Paulo (o único da área no Brasil), tomando vinho e falando portulão (português com catalão). Muito agradecido, continuei ali na Lins de Vasconcelos e peguei pesado na academia, saindo dali um subway vegetariano e pagar contas, cortar o cabelo depois, e ficou horrível, mas tá valendo. E aí você volta pra casa, põe o papo em dia com o flatmate e vai ao mercado... aproveita e cozinha, e você percebe que os dotes culinários melhoraram.
Domingo, treino de kung fu e depois um liberdade lotada, e você ainda gasta 400 reias de armas do kung fu e sai com os amigos e seus pais. Agora em casa, depois de um banho e apreciar algo, é bom deixar a casa limpa e ler um pouco. Organizar a cabeça antes de querer sair de novo, e as pernas doem, mas se fosse por você, você ainda estaria saindo.
Estar sozinho é uma necessidade e é bom, se a sua companhia própria não for a melhor companhia pra você, alguma coisa está errada.
Sobre o amor que mencionei em posts recentes... Deixar acontecer e colocar-me 100% em primeiro lugar... ou melhor um 90%, os outros 10% são dele e nesse ele tem prioridade, mas é algo a ser construído, não dado. Os focos devem e podem ser outros, a nossa mente tem um poder inimaginável. Somos capazes de tudo, só não nos permitem acreditar nisso.