Ontem eu fui ao cursinho Henfil participar de uma palestra-aula de 10 horas sobre o ENEM. Sim, domingo bonito e eu acordando as 6:30 da manhã para chegar lá a tempo. Peguei o ônibus da rodoviária e acabei dormindo e perdendo o ponto, fui parar na estação de metrô da Luz e então voltei de metrô até a paulista.
Cursinhos, ainda mais os mais populares, são lotados e por vezes para passar um conteúdo simples são necessários vários minutos. Mas, mesmo assim, valeu muito, pois reavivei na memória algumas coisas que não lembrava e seria muito interessante eu conseguir fazer o cursinho deles durante o sábado antes dos vestibulares.
Ontem tive algumas certezas (talvez o jeito convincente dos professores me deram essas certeza). A primeira é que devo fazer uma faculdade pública. Onde já se viu, eu sendo pobre e tendo que opagar tanto imposto, também terei que pagar uma faculdade inteira? Não, isso não farei. Já basta meu semestre desperdiçado na FMU fazendo uma coisa que não amava. Sendo assim, uma faculdade pública.
Segunda coisa é, Posso até voltar a morar em SP no Futuro, mas por enquanto quero estudar em outra cidade, seja no interior ou em outro estado. Só não vou para o Norte, Nordeste ou Sul. Sobrando duas regiões para escolher excluo da lista DF, MT, GO e ES.
Minas até iria, mas acho bem difícil ir morar lá. Rio de Janeiro só se fosse no interior e olha lá. Minhas preferêncas estão aqui no interior de SP, ou estudando na Unesp ou na USP do interior, e em MS, estudando em Dourados (UFGD, UEMS) ou em Campo Grande (UFMS).
Sobre o curso a prestar
Logo menos, apesar de chateado com muitas coisas no curso e na área, termino o curso de teatro profissional e em janeiro lá posso tirar meu DRT. Em algumas semanas terei, espero eu, minha carteirinha como Comissário de Bordo e, Um diploma de Francês. Esse serei eu com 20 anos de idade.
Pelo meu histórico pessoal vejo que ultimamente procuro ser um pouco durão em relação a tudo que acontece comigo. Não sei guardar as coisas para mim, preciso sempre estar do lado de alguém, sou um pouco egoísta, mas adoro companhia, estou começando a odiar o facebook e exclusão cybernética que se passa hoje em dia. Percebi que sou uma pessoa difícil de rir de verdade, mas sei dar risada. Sou fraco e por vezes me sinto forte. Fujo de alguns sentimentos e problemas e não tenho mais tanta coragem para exteriorizar o que sinto (não devia, sou ator).
Por todas essas características, somadas à vontade irremediável de entrar numa universidade, graduando-me, também ao fato de ter duas profissões extras caso necessário (ator e comissário), mas a vontade de especializar-me mais e mais nos idiomas que domino (Inglês, Francês e Espanhol) e cuidar da saúde física em mental, Estou a decidir o curso universitário que vai me agradar.
É um fato que amo História, Antropologia e Línguas, mas não vou prestar algo em Humanas, pois precisarei trabalhar ou durante ou depois da faculdade, e eu quero tentar ao menos ter uma vida Digna para um Brasileiro, seja aqui na América do Sul, seja na do Norte ou Europa.
Logo eu sei que sou bom e gosto de números, e nas pesquisas que andei fazendo o curso de Química me Agradou e nã vejo o porquê de não tentar. USP Ribeirão, UFGD, UEMS me oferecem essa modalidade em Bacharelado e sendo assim acho que tentarei.
A dificuldade e o medo
Em cada uma dessas unversidades há uma habilitação: Forense (USP), Pura (UFGD) e Industrial (UEMS). Até aí não vejo problema algum, pois é para isso que existe a "especialização" depois da faculdade. O maior problema é que todas são integrais e como consequência precisaria de ajuda familiar para me manter nelas.
Eu tenho certeza que minha irmã e mãe se orgulhariam caso eu passasse em qualquer uma das três, ainda mais se fosse em Dourados, que é a cidade que minha irmã pretende morar em dois ou três anos se possível. Mas, eu acredito, que hoje elas não possam me ajudar financeiramente nem no básico.
Tem algo sim que elas podiam fazer que resolveria o problema de todos, mas isso até eu poderia fazerm, só que toda a família ia me tomar por vilão. Isso tem a ver com um inventário aí, mas eu não queria poder ter que depender dele para viver.
Mesmo assim, é um risco que eu posso correr caso decida mesmo prestar esse curso nessas universidades. Não quero muito pensar no que fazer caso eu passe em um delas ou nas três e me ver impossibilitado de estudar. Acho que morro de verdade ou como mencionei antes, torno-me realmente e de uma vez só uma pedra. Não quero isso.
O hoje
Não estou tão focado no teatro, pois estou me achando ridículo lá, infelizmente. Gosto muito das pessoas, mas estou me vendo fora do convívio social delas e é como se eu não fizesse falta. Logo me vejo meio sozinho onde antes eu considerava como casa. Mas acho que isso tem muito mais a ver comigo, eu também não posso negar que dei muita liberdade sobre minha vida com um pessoal que não deveria ter essa intimidade no teatro.
Fora dali estou dando aulas e vou parar de dar aulas em meados de julho, apesar de continuar no cna. É uma maneira de estudar para o vestibular. Viver sem dinheiro, mas estudando.
No amor, é melhor rir. Não sei mais nem o que é isso. Gostar eu posso até gostar de alguém, mas o passado me poda. Se eu pudesse apagar da memória quem me fez mal... Não dá, e quando aparece alguém eu fujo, eu não sei o que fazer, eu não quero, eu evito, eu tento ser importante e nada. Eu não mais me divirto com o que vejo e sobre as outras pessoas, eu as acho superficiais. Talvez nem sejam, eu não sou e não vou ser nunca o protagonista dessas histórias românticas.
Meus amigos eu sei que eles existem e eu os amo mais que tudo, mas vida em internet não foi feita pra mim. Odeio falar por telinha, sem o toque das amigas e amigos que tenho, sem escutar a voz e ver a pessoa do lado. Gosto de amigos de carne e osso, não de teclas e telas.
Na família eu sempre fui quieto. Digo na família em geral, nunca tive um relacionamento perto com ninguém, só o mais simples, o de fazer sala. Os respeito muito e sinto falta de muitos mesmo, como o povo de MS, em especial minha madrinha, minha tia, primas e primos da Fazenda e de Ponta Porã. Mas eu sempre fui quieto, na minha, talvez por saber desde sempre que isso me seria válido algum dia. Ainda hoje esse relacionamento é meio distante.
Com minha irmã e mãe o relacionamento já foi bem melhor. hoje é bom. Com minha mãe, acho que nunca estive mais ligado do que hoje, apesar de nossas opiniões quase sempre não serem as mesmas. Mas eu estou do lado dela e ela do meu, mas não é um relacionamento de amigos (mãe e filho amigos), não não. É algo mais mãe que é mãe e filho que é filho. Ela insiste em dizer que é minha melhor amiga, quando não é e não posso contar nada para ela sobre mim. Só do dia-a-dia familiar. Com minha irmã, é muito complicado. Ela é muito complicada. Eu sei até onde ela iria por mim e o quanto gosta de mim, mas a gente não fala a mesma língua e os conceitos que o mundo externo criou na nossa cabeça é quase totalmente diferente. Ela sim já foi minha melhor amiga, hoje não passa da minha irmã mais velha legal com surtos de chatisse e má educação e orgulho comigo. O que é normal em todos os irmãos, mas isso não me agrada. Eu sou muito FDP por vezes, não nego, mas nada que não seja normal para um irmão, já ela ultrapassou por vezes o limite da irmandade que tem comigo e pareceu não se importar. Tudo bem, eu sei entender também. Ao menos, graças a Deus, ela terminou a faculdade e agora terá mais tempo de cuidar de si e de sua saúde, que é o que importa agora
Sobre meu relacionamento comigo? Esse é o mais importante. Não considero que sou ou serei feliz no amor e isso ainda aperta o coração, mas foda-se. Estou feliz estudando e desapontado com o teatro. Espero passar numa faculdade pública, sair de SP, cuidar e mim nos próximos 4 anos e estudar muito. Preparar-me para entrar no mercado de trabalho e ser um pouco mais frio do que sou hoje. Esse sou eu hoje. Assim que me quero no futuro: Extremamente Sério e frio, Inteligente e Bonito, aí o dinheiro vem como consequência e se alguém (seja quem for) tentar me machucar, eu simplesmente não me importarei.