Julho - O mês das Baladas

Julho, meu mês favorito até então. Férias de Inverno. Friozinho, dormir com três cobertas e tomar muito leite com toddy... é... Não. Desde o dia 30 de Junho tenho saído todos os finais de semana para a balada ou bares de SP com os amigos.

Há seis meses não saía e tirei o atraso e a falta que a noite de São Paulo me causava. Fui baladas, bebi bastante, beijei muito, Dei meu primeiro e último pt, ri horrores e passei por situações épicas em um único mês. É uma briga sem discussão discussão por um lado, do outro um mal-entendido que me põe no papel de vilão, mas sempre coisas boas acontecem!

Esse mês a produção cultural foi quase nula. Assisti à uma peça dos Satyros e fui ao cinema assistir A Era do Gelo 4. Simples assim. Ah! Terminei de assistir a quarta temporada de Queer as Folk, agora só faltam 12 episódios para acabar com a série!

Mas duas grandes conquistas valeram pelo mês todinho. Passei na prova de comissário de voo pela ANAC! Deu nó no coração apertar aquele botão de encerramento de prova, mas quando o APROVADO apareceu na tela, o sorriso irradiou minha cara. Mais do que sorrisos e sim alegria total foi ver escrito na tela do computador em frente à biblioteca do Senac a palavra "ADMIS" (admitido) no teste de proficiência em Língua Francesa DELF B2!!! Fiquei irradiante, esse é um primeiro passo para, se eu quiser e puder, fazer faculdade na França!

Publiquei bastante esse mês, quase tudo relacionado com coisas que aconteceram na balada e que me marcaram de alguma maneira.

Conheci muita gente, mas o mais interessante nesse mês é o fato de que quando quero me dar uma oportunidade, a pessoa vai sair de SP ou namora. Daí eu prefiro ficar sozinho mesmo.

Agosto está aí e tenho uma peça para fazer! Eis que não sei como será, mas vou trabalhar para que fique agradável.

As coisas estão, deveras, começando a acontecer, mas minha crise financeira ainda persiste! SP é uma tentação.

Preciso ir ainda três vezes ao cinema e mais uma vez em alguma Ópera esse ano. Estudar possibilidades e fazer pesquisas sobre as possibilidades. Focar é a palavra ideal sempre, ainda mais para pessoas como eu. Tão instáveis.

Noites Inteiras

Noites inteiras vividas mais que experimentadas
Noites mal dormidas, mais que apimentadas
Olhares esquecidos, bons beijos, ódios ao vento
Idiota aquele jovem que não vive o momento!

Dias inteiros mal pensados, entediantes e sós

Lembrando como era bom quando era só "nós"

Volte à noite e perca-se numa pista de dança

Beba o suficiente, sonhando em ir pra França

Seja bêbado o suficiente para ser legal e sóbrio

Fique são para ver por quão estúpido se passou 

Tente quebrar o espelho, até perceber onde errou.

Noites inteiras de beijos perdidos, não lembrados

Noite inteiras, de inteira tentação que não se cai

E depois, dias para viver, esquecendo, até onde vai

Maldição

Queria tanto esquecer aqueles malditos olhos de olhando e dizendo que sempre estaria lá por mim. Esquecer aquela sombra na Paulista enquanto eu de olhos baixos e acabado reclaria um dia de preocupações e esqueceria tudo ao simples toque. Queria tanto esquecer as promessas, as palavras. Queria esquecer essa maldição.

L'amour

O amor

Não é pra mim

Tentei Fugir, mas não deu

Não resisti e no fim das contas eu só me ferrei

E o amor não tem fim

Dentro da minha cabeça

Meu último porre por muito tempo foi o de ontem e foi ótimo. Estar com os amigos por perto é sempre bom e sempre válido, sempre. Agora o meu foco é minha vida sem esquecer pelas pedras que pisei.

Nós humanos somos muito caricatos. Lendo um pedaço de um livro com cartas de amor de Edith Piaf, cada linha transparecia uma paixão ardente, que queima mais do que qualquer chama. Lendo frases de Oscar Wilde enxerguei a solidão de um homem que não podia viver com seus desejos mais intensos. Já Frida Kahlo tomava o amor e a solidão como se tudo girasse ao redor de Diego.

Um dia ainda sei que vão ler minhas linhas e tentar decifrar quais sentimentos transbordavam dentro de mim. Se eu fosse fazer uma analogia e fosse possível entrar na minha mente e ver desenhos, formas e lugares, eu diria que antes mesmo da imagem aparecer, a melodia da música "Le ciel dans une chambre", só a melodia de fundo seria escutada.

Logo menos, um lago sob um céu cinza apareceriam. Não haveria folhas no chão, e todo o mato seria muito verde. Sob uma árvore haveria alguém sentado, com roupas pretas de frio e luvas cinzas. Uma boina na cabeça e um olhar baixo. Lendo um livro. Naquela calmaria infinita e efemera, aquela mulher aqui sentada estaria, em seu silencio, em um turbilhão de sentimentos, de ações. Estaria em um mergulho naquelas páginas, de um livro que não se poderia enxergar o título. E caso alguém conseguisse se aproximar, ela simplesmente não repararia e com olhos bem treinados seria possível perceber que as páginas do livro seriam amarelas e sem nada escrito. Mas ela continuaria ali, envolvida com o enredo.

As vezes não são de histórias completas e já conhecidas que precisamos. As vezes, num silêncio, numa pausa, no "não sentir", haja muito mais coisa do que qualquer outra história que tentamos tirar dos livros e relaizar na prática. Meu mundo é muito mais atrativo dentro da minha cabeça. Muito mais.

Pensamento do ébrio que existe em mim

Vou beber à merda da vida

Pode Partir

Vai, antes que eu possa lembrar,

Antes que seu toque deixe marcas.

Vai logo, antes do alvorecer.

Antes que sua boca eu possa beijar,

Antes que seu corpo, meu possa ser.

Vai, antes que você fique na memória,

Antes que seu cheiro possa impregnar minha roupa.

Diga adeus sem medo de perder meu respeito.

Vai, antes que possa mudar minha história,

Antes que suas marcas fiquem no meu leito.

Faz tempo que compreendi um significado,

que beijos não são promessas e compromissos

não valem para nosso pequeno grande mundo.

Você pode ir, sem receios, pois eu já entendi o seu recado.

Só não entendi porque beijos sem significado marcam fundo.

Só

Meu maior medo era a solidão. Hoje ela é meu ponto forte.

Decisão

A gente é quem escolhe ficar triste. Ninguém nos promete algo. E se prometem, somos tolos em acreditar

Coca-Cola

É quando você para no balcão da balada e pede uma coca-cola sem ter ingerido alcool que você percebe que amadureceu um pouquinho mais. Mesmo que isso seja só em um dia especifico.

O barman te traz a bebida, você fica de costas para a pista de dança e olha para a parede que não para de piscar com o jogo de luzes. Daí você lembra das situações mais diversas e bebe muito devagar o refrigerante.

Desenha as letras da embalagem com os dedos. Escuta a música alta e se sente sozinho num lugar onde não consegue nem andar muito bem. Pessoas bêbadas dançando fervorosamente e você com um sorriso de canto no lado da boca para concordar que aquilo não é ruim.

Daí, você lembra aquela época de dois anos atrás, como se você já fosse um velho. Sabe que coisas do tipo nunca mais acontecerão, mas não reclama, não era pra ser e não fazia questão que fosse, só que o tratamento fosse o mesmo.

Com a coca-cola entre os dedos decide que o mundo de fora não é nem um pouco interessante, mas que os mundos paralelos que criou dentro da sua cabeça teriam valido a pena viver.

Quando você consegue mergulhar dentro dos próprios olhos e já está em êxtase com as mentiras que você mesmo criou, alguém te abraça e por um segundo você acha que tudo é real.

Aí você se desaponta e que não era ninguém a não ser um de seus amigos de amigos. Você decide voltar para a mesa, onde a companhia é agradável, só você que está chato naquele dia, tomando Coca-Cola porque não pode tomar tequila.

Apagão

Hoje eu fiz o que eu queria fazer sem querer eu fiz! Bebi menos do que o usual, mas pela primeira vez na vida posso falar que a coisa foi feia. Apaguei minha mamória por algumas horas com tequila, e apenas flashes sobraram na minha cabeça.

Ouvi a história do que fiz como quem escuta a história de um terceiro. Beijei quem eu quis beijar uma vez de uma maneira fantástica, mas não lembro do beijo. Que coisa! Chorei litros por alguém que eu trato bem e não sabe que as lágrimas que tive foi pela rejeição embutida na amizade. Passei mal e mesmo assim tentei ser no mínimo legal comigo mesmo e com os outros. Foi horrível e ótimo ao mesmo tempo. Foi uma loucura que não quero repetir, mas que quero lembrar denão ter lembrado para guardar na memória!

Relax

Sentir falta de alguém em que eu possa relaxar cada músculo do meu corpo deitar ao lado e simplesmente respirar sabendo que quando eu abrir meus olhos no dia seguinte, esse alguém ainda estará ali.

Cativante

Será que esto apaixonadinho? Mas foram menos de cinco minutos. Um beijo, um nome, um olhar, uma tentativa de conversa furada. Impossível ser uma paixão. Mas de quem eu beijei foi o único que eu lembro o gosto do beijo, o desenhar das mãos, a dança dos pés... E por mais que fosse, mal conheci e já vai embora. Se meu coração quiser isso mesmo ele quer que eu fique mal, afinal, só gosta de quem não está perto, de quem parte a todo momento.

“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso que haja um ritual.” - Antoine de Saint. Exupéry

Mercenário

Aprendi em casa que meu amigo é o Dinheiro e que tenho que ser mercenário. Na Prática isso muda um pouco, mas dependendo do que rolar nos próximos meses, vou ter que aprender a ser um pouco mais frio em relação a essa parte da minha vida

Inexplicável

Simplesmente não posso explicar a vontade do "querer mais", do "querer repetir a dose". Um olhar doce e sua falta de atenção, explicando o beijo suave com necessário toque picante. Nada a mais do que uma fascinação por agora, porém o que é bom ficou e eu, o menino de atitudes, me torno um tímido e calado admirador não tão secreto assim. 

Tequila

Um olhar calado na pista ao lado,

O interesse, a dilatação da pupila,

Os goles, a mistura com tequila,

O sexo não feito, apenas citado,

O garoto já deixou seu recado.

A provocação é escancarada

As bocas próximas, quase nada

Além de palavras e respiração.

Os lábios buscam interação

Depois de mais uma canção passada.

Quando surge a ideia de se esquivar

O outro fica louco, precisa beber

Bebe para não pensar, sem perceber

Que já tem o que tinha que ganhar:

A atenção de alguém que quer ficar.

Pelas mãos encontradas só por agora

Juntos se vão: onde é melhor, lá fora.

Ali não se preocuparão com a vida,

Jovens vivem o momento, a paixão contida,

Bendita seja a Tequila nessa hora!