quarta-feira, 25 de maio de 2011

Farsa de Inês Pereira



Hoje foi a primeira vez que cheguei atrasado no meu curso de Teatro. ele se inicia as 9h da manhã e eu cheguei às 10h30, as menos fui. Estava sob uma situação grande de ansiedade e estresse e precisava dormir um pouco mais. Expliquei-me ao professor que entendeu a situação.
O que perdi foi apenas uma explicação sobre o carnaval e também um debate sobre o filme "Um crime de Paixão" que assistimos semana passada.
Comentamos então sobre a farsa de Inês Pereira e uma visão geral dos Teatros Grego, Romano e Medieval.
Aqui, hoje, devo falar um pouquinho mais sobre essa Peça de Gil Vicente: "A Farsa de Inês Pereira".
Gil Vicente a escreveu como um desafio, visto que era acusado de plágio, deram-lhe um provérbio "Mais vale um asno que me carregue do que um cavalo que me derrube".
A peça pode ser dividida em quadros, tais como:
  1. Inês Pereira Solteira;
  2. Chegada e conselhos de Lianor Vaz para que se case;
  3. Apresentação e rejeição de Pero Marques
  4. Chegada e aceitação do escudeiro;
  5. Vida de Inês casada com o Escudeiro;
  6. Inês viúva;
  7. Vida de Inês casada com Pero Marques.


Essa rejeição inicial a Pero Marques ocorre pois, Inês sonhadora, quer um homem com características palacianas, que seja "discreto" saiba cantar, jogar bola, tocar violão. O que Pero Marques não tem e o escudeiro tem. Porém ao ficar com o Escudeiro, este a proíbe de cantar, conversar e a põe em clausura. Indo para a Guerra, o escudeiro morre, fugindo como um covarde, mostrando a contradição entre o macho dentro de casa e covarde em batalha.
Inês fica feliz com a morte do marido, e já amadurecida com o destino que lhe coube casa-se com Pero Marques, já pensando em trair-lhe com um ermitão que lhe aparece pedindo esmola, homem que era apaixonado por Inês no Passado.
Assim, Gil Vicente soube usar da dramaturgia para ilustrar o tal provérbio, o escudeiro referindo-se ao cavalo e Pero Marques ao Asno.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Teatro medieval e contexto Histórico

Abaixo segue o contexto histórico medieval, tanto como uma visão geral do teatro na época medieval e de transição

REINOS GERMÂNCIOS NA EUROPA OCIDENTAL

Os Germanos
Dentre todos considerados bárbaros, destacavam-se os germanos que compreendem vários povos.
Os germânicos não tinham um governo centralizado, mas havia muita semelhança cultural entre eles, como a religião e a língua.
Cada grupo germânico tinha um chefe militar. Por volta de III a.C. a maioria dos germânicos abandonou o nomadismo, o que exigia terras férteis, assim as terras conquistadas era dividida entre os membros dos grupos.
Eles eram politeístas, mas muitos se tronaram cristãos com o continuo contato com Romanos cristãos.
Invasões Bárbaras no Império romano
A partir do século IV, os grupos germânicos começaram a ser atacados pelos hunos. Assim, eles começaram a adentrar os territórios romanos, tornando-se uma ameaça. Eles invadiram a ilha romana que hoje pé a Inglaterra e dominaram Roma. Então o Império romano foi divido em instáveis reinos bárbaros.

O Reino Franco
A palavra “Franco” caracterizava diversos grupos dispersos que foram unificados por Clóvis. Esses povos tiveram várias conquistas sob o comando de Clóvis, que acabaram se estabelecendo na região da França.
Clóvis formou a dinastia Merovíngia, em 496 ele aceitou o catolicismo e foi batizado, assim alianças políticas importantes forma feitas, principalmente com a Igreja.
Vale lembrar que a Igreja Católica Continuou sua influência sobre a Europa, mesmo depois da queda do Império Romano, pois a mesmo fez alianças com os bpárbaros.
Com a morte de Clóvis houve disputas pelo poder, enfraquecendo a dinastia merovíngia e dava autoridade para a nobreza e o clero.
Após a morte de um rei merovíngio a autoridade política passou a ser exercida por administradores do palácio real, que foram chamados de prefeitos do palácio.
Um desses, Carlos Martel, adquiriu grande poder ao vencer os árabes na batalha de Poitiers.
O contexto de vitórias de Carlos Martel contribuiu para o início da dinastia carolíngia iniciado com Pepino, o breve.
Este fez alianças com a Igreja, cedendo terra da Itália. Isso foi de grande valia para a Igreja se expandir. Assim a Igreja era tida como um “poder espiritual” e os governantes carolíngios, “um poder terreno”.

O Império Carolíngio
O sucessor de Pepino, o breve, foi Carlos Magno. Ele dobrou o território do seu império que passou a ser chamado Império Carolíngio. O território chegou às terras alemãs e italianas, Ele criou condados e marcas (postos militares) além de fiscalizar o reino e fazer valer os capitulares (decretos divididos em capítulos).
Carlos Magno recebeu o título de Imperador do Ocidente. Nos anos seguintes de s reinado ele dedicou-se ao progresso cultural de seu império impulsionando o que chamamos de Renascimento Carolíngio.
Depois de Carlos magno o reino foi transferido para Luís I, o piedoso. Depois da morte desse, o reino foi divido em três partes para seus três filhos a partir do tratado de Verdum. França Ocidental (para Carlos, o calvo), França Oriental (para Luís, o germânico) e França central (governada por Lotário). Após a morte do filho de Lotário, a França central foi divida para os outros dois irmãos de Lotário. Acabou que no final do século X, o feudalismo já era crescente em ambas as “franças”.

FEUDALISMO EUROPEU

O Feudalismo foi um processo lento que se estreitou no final do século X.

Influência Romana
Ao final do império Romano, a sociedade atravessava grandes crises, isso fez com que muitas pessoas, especialmente os mais ricos, se mudassem para o campo para propriedades rurais denominadas Villae.
Lá eles começaram a fazer contratos com os que o procuravam, ou seja, um contrato entre um proprietário de Terras e trabalhadores, chamado colonato.
Os trabalhadores trabalhavam nas terras dos proprietários e lá moravam, dando uma parte de sua produção ao proprietário.

Influência germânica
Eles receberam romanas influências como a do comitatus, onde os guerreiros prestavam serviços militares aos senhores da tribo em troca de terra. Depois da fusão de romanos e germânicos, o costume gerou as bases para a relação entre vassalagem (função militar exercida pelos nobres) e susserania (senhores feudais)

Economia e sociedade
A principal atividade era a agricultura, o comércio era exercido de forma irregular, já que, por exemplo, havia muito sal numa região e não em outra, assim havia trocas.
Assim como Deus era trino, assim devia ser a sociedade.
NOBREZA>> CLERO >> TRABALHADORES
O clero (oratores) dominava o sagrado. Os guerreiros (bellatores) guerreavam. Havia duas procedências, uma dos carolíngios, assim formando uma “nobreza” e outra de pessoas mais simples que se associavam a um senhor feudal, Eram os cavaleiros. Mas as diferenças forma acabando como o tempo, devido à casamentos entre ambos.
Os trabalhadores eram divididos em servos e vilãos. O vilão era um trabalhador livre que tinha o  direito de deixar a terra quando quisesse.
O servo era o principal trabalhador dos feudos. A origem da servidão, vem da escravidão.
Escravos viraram servos por um longo processo desde a época carolíngia onde se estabeleceu o colonato. Os servos possuíam algumas obrigações, tais como a corvéia (trabalhar três dias na terra do senhor feudal), a formariage (tributo que devia ser pago quando o servo se casasse), as banalidades (pagar para uso de instalações do senhor feudal), a talha (entre de uma parte da produção) e a mão-morta (imposto quando sucedia o pai).

Política
O feudalismo caracterizou-se pela descentralização do poder do rei, que era apenas simbólico.

MUDANÇAS NA EUROPA FEUDAL

A população crescia na Europa por diversos motivos, como a redução em invasões na Europa Ocidental e a melhoria dos hábitos de higiene, o que fazia aumentar as necessidades alimentares, moradias, etc.
As cruzadas
As cruzadas (oito ao todo) ocorreram entre os séculos XI e XIII com a justificativa de uma reconquista cristã do acesso à “Terra Santa”. Porém, de fato, objetivavam não somente recuperar o acesso comercial do Oriente pelo mediterrâneo, mas a recuperação das terras europeias sob o domínio árabe.
As quatro primeiras cruzadas foram as mais importantes, são elas:
Cruzadas dos nobres – conseguiram algumas conquistas que não duraram por muito tempo
Cruzada dos nobres alemãs e franceses – Que se desentenderam
Cruzada dos reis – Obteve algumas vitórias
Cruzadas dos comerciantes – Não venceram, mas se satisfizeram
Entre outras cruzadas destaca-se a das crianças.

Conseqüências
Relações comerciais foram estabelecidas e as existentes foram incrementadas. Terras foram tomadas e feudos foram estabelecidos. A reabertura do mar mediterrâneo acabou incentivando o Renascimento Comercial.

Renascimento Comercial
Aqueles que não se encontravam mais no espaço feudal passaram a uma nova atividade, a comercial, dando origem a burguesia.
Assim surgiram as feiras medievais, onde comerciantes se encontravam para realizar seus negócios, principalmente nas cidades de Flandres, Veneza e Gênova.
Havia os cambistas que de dedicavam a troca de dinheiro e proteção.
A Igreja condenava o lucro, sendo assim a maioria dos cambistas eram cristãos.
Os comerciantes se organizavam em associações, conhecidas como guildas, que visava a proteção dos interesses dos mesmos.

Renascimento Urbano
Os locais que os burgueses residiam passavam a ser chamados de burgos. Os burgos cresceram e viraram cidades, essas dependiam de um senhor feudal. Alguns burgueses compravam a liberdade da cidade, assinando a carta de franquia (cidades francas), outros tinham que usar a força (cidades comunas).
Em toda a cidade havia oficinas. A burguesia rica foi chamada de alta burguesia. Quase toda a cidade tinha um prefeito.
Vale lembrar que essas cidades cresciam rapidamente e de forma desordenada, o que gerou muitos problemas até alguém fazer algo.

Cultura Medieval Europeia
O clero era a classe sócia que conhecia e pratica a habilidade da leitura e da escrita.
No inicio a Igreja tinhas uma estrutura muito simples, porém com o crescimento dos adeptos as alianças com o Estado, houve uma hierarquia da Igreja.
Durante a Idade Média havia o clero regular (monges) e o clero secular (os que tinham contato com os adeptos). Os líderes religiosos eram tipos como “pai”, daí a denominação padre ou papa. Aqueles que mexiam com a administração eram chamados pontífices.
Os monges faziam votos de pobreza, obediência e de castidade. Dentre as ordens monásticas mais conhecidas estão os dominicanos e franciscanos.
Os monges dedicavam-se a leitura e cópia de livros, o que os caracterizava como grandes intelectuais.

Organização eclesiástica
A Igreja era dona de muitas terras no período feudal, sem contar a influencia política.
Houve, no entanto uma reforma que invocava o celibato clerical, o inicio do colégio dos cardeais (organização eleitoral religiosa) e proibição da investidura leiga (proibição de3 escolha de cargos clericais por não membros do clero).
O leigo imperador Henrique IV não aceitou essa decisão, mas depois de ser excomungado, voltou com a palavra para volta a comunhão.
Depois da morte do papa ele tentou uma investidura, mas foi em vão.
Não parou por aí, Filipe IV, o belo, impediu a Igreja de não pagar impostos e mudou a sede do papado para Avignon, na França. A Igreja elegeu outro para na Itália, Ficando assim um papa (Urbano IV) na Itália e outro (Clemente VII) na França.

Transformações culturais da Baixa Idade Média
Como o reino se fortaleceu, houve uma difusão do conhecimento destacaram-se as universidades. Nelas leigos prestavam artes (que compreendia gramática, matemática, musica e outras matérias) e depois escolhia entre Direito, Medicina e Teologia.
Na filosofia escolástica destaca-se São Tomás de Aquino, na arquitetura destacam-se dois estilos, o românico e o gótico.

FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS IBÉRICAS

Com as invasões bárbaras o local tornou-se o reino dos visigodos, este se enfraqueceu e formaram-se quatros outros reinos cristãos: Leão, Castela, Aragão e Navarra. Reinos tipicamente feudais.
Depois das invasões árabes eles planejaram uma retomada de território, conhecida como guerra de reconquista, os que se destacassem ganhariam terras.
Henrique de Borgonha (Um nobre francês) recebeu terras que receberam o nome de condado Portucalense.
Uma Terra cobiçada que acabou se tornando em 1139, o Reino de Portugal, com sua independência.
Assim iniciava-se a dinastia de Borgonha, que durou até 1383. Depois da morte do último representante da dinastia, a nobreza queria reunificar o reino a Leão, mas a burguesia não.
A burguesia apoiou D. João (mestre de Avis) e depois da revolução de Avis ele assumiu o poder, iniciando a dinastia de Avis.
Portugal foi pioneiro na centralização do poder.
O reino da Espanha deve-se ao casamento entre Fernando de Aragão e Isabel de Castela (casamentos dos reis católicos). Depois disso era só expulsar os muçulmanos de seu território, o que aconteceu em 1492.

TEATRO MEDIEVAL

O teatro medieval está intimamente ligado a Igreja Católica. Depois que o cristianismo dominou Roma e toda a Europa, o teatro foi vítima de preconceito, sendo perseguido e combatido durante séculos, acusado de obsceno e violente.
Uma vez no poder a Igreja excomunga os atores, suas mulheres e descendentes e só no século IV foi que o Concílio de Cartago considerou que tinha sido severa demais essa atitude.
Com exceção do trabalho anônimo nos mimos, o teatro só começou a ressurgir no século XII d. C., comente em representações dentro das Igrejas e mais tarde na porta das Igrejas, para que toda a multidão pudesse assistir. As “confrarias” eram grupos de pessoas que se encarregavam de práticas religiosas e de caridade que passaram a encenar, amadoristicamente, essas peças. Os enredos são tirados das histórias bíblicas e as representações eram feitas nos dias de festas religiosas.

Havia os “mistérios”, baseados em histórias bíblicas, peças que tratavam da Paixão de Jesus, mas também tinham como personagens Deus e o Diabo em luta pela alma dos homens, com intervenção dos anjos e santos.
Os “milagres” eram representações, baseadas na vida de santos, de mártires ou da mãe de Jesus, em que todas as peripécias eram resolvidas com milagres, através a interferência deles.
Nas representações dos mistérios havia a farsa que era originalmente um cômico, bem popularesco, caracterizado por um humor grosseiro de socos, tombos e pontapés. As farsas de caráter religioso criticavam pessoas e instituições consideradas fora das normas da Igreja da moralidade da época.
As moralidades tratavam como se fossem personagens, os vícios e virtudes dos homens, com intenções didáticas e moralizantes, pretendendo ensino o povo atrás das representações teatrais.

Teatro Medieval Profano
Os mimos sobreviveram de forma dispersa, mas, mesmo perseguidos, possibilitaram com seu trabalho a transição entre o tempo, as atelanas de Roma, aos jograis e farsa do teatro profano medieval. Depois, de mais de mil anos de perseguição, o teatro começou novamente a se manifestar sem a ligação com a Igreja, surgindo uma forma peculiar de teatro profano (não religioso). O palco era a praça da cidade ou qualquer lugar amplo (ao ar livre), e toda a população participava. Nas representações profanas usavam-se as “farsas”, os “arremedos burlescos” de pessoas ou casos; As representações “mímicas chamadas de chacotas”; e os “momos” com peripécias, disparates e duplo sentido, que tinham o objetivo de arrancar gargalhadas do público.





Gil Vicente e Fernando Rojas 
No período de transição entre a Idade Média e o Renascimento (começo do século XVI), surgiram na península Ibérica, dois grandes dramaturgos. Gil Vicente em Portugal e Fernando Rojas na Espanha. Usaram a técnica medieval, mas já tratavam de idéias novas, de cunho humanista e renascentista, já apontando para uma volta aos temas clássicos gregos.
Fernando Rojas escreveu “La celestina” que tem forma de um romance dialogado e influenciou os meios artísticos da época.
Gil Vicente é considerado o iniciador do teatro português. Inspirou-se nas representações medievais que eram realizadas nas ruas e praças das cidades. Escreveu peças com assuntos diversificados, algumas palacianas, outras litúrgicas e outras bem populares. Os tipos vicentinos descrevem a sociedade portuguesa da época: a imagem comovente do camponês explorado por fidalgos presunçosos e vãos, os clérigos de vida folgada, a moça da vila e o escudeiro ocioso.

Obras de Gil Vicente: Auto de Inês Pereira, Quem tem farelos, Auto da Barca do Inferno, Auto de Mofina Mendes, Auto da alma, Auto da Barca do Purgatório.

Como Gil Vicente é considerado um escritor de transição, vejamos o que há de sua obra de características medievais e renascentista.

Características Medievais
Características Renascentistas
Linguagem popular e arcaica
Sátira irreverente, mas moralizadora
Linguagem individualizada / própria de cada personagem que fala
Entusiasmo nacionalista
Desleixo sintático
Presença do mecenas
Versos de sete sílabas
Crítica à cobrança das indulgências e à conduta dos clérigos da Igreja
Valoriza o espírito de Cruzada
Compreensão dos problemas sociais
Linguagem que aparente pouca cultura
É contra a materialização da época
Ausência de problemas psicológicos e de interiorização
Referências mitológicas e clássicas dos gregos e romanos
Criação de tipo
Peças divididas em quadros
Ausência de indivíduos com caráter e personalidade bem delimitados
Presença de prólogo em algumas peças

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Passeio para o Teatro

Nas aulas de interpretação estamos tentando focar ao máximo nossas personagens, fazer delas o mais real possível  Cada um a sua maneira, é legal ver o quanto podemos crescer com eles. É meio complicado encontrar maneiras de estudá-los, mas não são maneiras impossíveis.
Minha personagem na peça "Cala boca já morreu" por enquanto é o radialista (que na real é um ator) da cena do viaduto do chá. E ao que tudo indica estou levando-o pelo caminho ideal.
Hoje junto a uma amiga fui ao viaduto do chá no centro de São Paulo, onde a cena acontece para sentir um pouco a atmosfera do local. Não vou colocar agora a gêneses e nem as circunstâncias de minha personagem aqui, pois ainda tenho que prepará-las, mas no geral sabe-se que a cena ocorre em São Paulo, no viaduto do chá,  de mais ou menos 1961/1962

Viaduto do Chá em 1960

Viaduto do chá em 2011

Como é sua voz?

A segunda aula de voz foi bem teórica, envolvendo os processos de respiração, emissão da voz e da fala e saúde cocal. Não me renderei tanto à explicações visto que já resumi no último post sobre o assunto tal matéria. Algo interessante foi tentarmos descrevermos nossas vozes com adjetivos de um quadro. Bom, como exemplo darei minha própria voz ao meu ver, explicando as razões pelas quais decidi tais adjetivos.

Agitada
É uma voz que não para, ainda mais nos meus picos de ânimo, dá impressão de gesticulação. Por mais que eu não tivesse meus braços minha voz daria a impressão de mexer os braços;
Alegre
Não é uma voz triste, tem traços meio joviais que dão a impressão de vivacidade
Animada
É como uma expressão de "Vamos lá?" é animada e animadora por vezes caso assim eu queira
Dirigente
É meio mandona sim, e dentro de um contexto mais sério pode incomodar como de alguém preponderante.
Estressada
Já que é rápida e não para por vezes dá impressão de estresse.
Imponente
Sabe se impor quando o tem que fazer, apesar de ser trêmula quando desconfortável
Jovial
Sinaliza a juventude pois não é uma voz de criança e nem mostra ser de uma adulto
Monótono
Ainda mais quando canto, parece que sempre é a mesma coisa e não tem muita variação
Solta
Consegue fazer várias coisas dentro da monotonia descrita acima, sem muitas paradas e boa dicção
Transparente
Facilmente expressa emoções

Teatro e História romana

Roma Antiga

A história de Roma é dividida em três Períodos
Monarquia – 753 a.C. – 509 a.C.
República – 509 a.C. – 476 a.C.
Império – 27 a.C. – 476 d.C.



ORIGENS DE ROMA

Roma, que se localiza na península Itálica tem duas versões sobre sua origem. Uma histórica e outra lendária. A histórica defende a união de italiótas, latinos e sabinos que construíram a cidade contra as incursões etruscas.
A lenda se refere a Rômulo e Remo que foram amamentados por uma loba.

MONARQUIA ROMANA

É a primeira fase de Roma que durou aproximadamente 250 anos com 7 reis (3 Etruscos).

Estrutura Política
O poder executivo era exercido pelo rei, havia o Senado, cúrias e a assembléia curiata.
A sociedade era constituída pelos patrícios, cliente e plebeus
A monarquia acabou em 509 a.C. com a expulsão do rei Tarquínio, o Soberbo.

REPÚBLICA ROMANA
Nesta fase as instituições políticas se tornaram muito mais complexas e modernas.
O período republicano também foi marcado pela grande expansão dos romanos. Com as guerras púnicas, Roma teve seus domínios estendidos por quase todo o mediterrâneo.

Estrutura Política
Houve uma descentralização total do poder.
Criaram-se as Magistraturas, que era o domínio do poder exercido por mínimas duas pessoas, escolhidas por eleições.
Os cônsules lideravam a religiosidade pública e o exército, eles podiam nomear um ditador que recebia total poder em casos de calamidade pública.
Aos pretores cabia a administrar a justiça. Os questores eram responsáveis pelas finanças do Estado. Os publicanos eram responsáveis pela cobrança de impostos.
Os censores ajudavam no estabelecimento das classes sociais.
Os edis realizavam a manutenção pública.
O senado opinava em grandes questões públicas.
Os tribunos da plebe (surgida após o primeiro movimento de revolta de plebeus) impediam leis que fossem contra sua classe.
Havia também a assembléia centuriata, os membros dessa assembléia tinham origem do exercito.

Sociedade
Patrícios >> cliente >>> plebeus>> escravos

As revoltas da plebe
Entre V a.C. e III a.C. houve o que chamamos de revoltas da plebe.
A greve foi o meio pelo qual os plebeus encontraram para os patrícios atenderem suas reivindicações.
Entre as vitórias da plebe podemos citar a criação da sexta magistratura, a lei das doze tábuas (que evitava a manipulação do poder), a lei da canuleia (que permitia o casamento entre plebeus e patrícios), a lei da Licínia (evitar escravidão por dividas). O plebiscito tornou-se meio pelo qual a plebe se expressava politicamente.

Expansão Romana
Durante a República, Roma expandiu seus domínios por todo o mediterrâneo.
Roma era tido com muito interesse pelas cidades vizinhas, então desenvolveu o militarismo como forma de defesa, mas percebeu que a melhor defesa era dominar estas cidades, assim iniciou-se esse processo de expansão.
Por volta de III a.C. houve as guerras Púnicas entre Roma e Cártago, a primeira delas aconteceu num período de mais de vinte anos pelo poder da ilha da Sicilia, onde Roma venceu.
Vinte anos depois, Aníbal (cartaginense) invadiu Roma pelo norte com elefantes, destruída, mas não vencendo, vários lugares.
Outra vez, Roma invadiu e dominou Cartago, sendo assim Roma foi, com certeza, “A senhora do Mediterrâneo”

Crise da Republica Romana.
Com a grande expansão romana houve uma grande mudança na estrutura romana, principalmente econômico-socialmente.
A plebe passou a sofrer mais com o desemprego, mas alguns se beneficiaram criando uma nova classe social, os cavaleiros.
Os militares também tomaram força política, já que haviam sido essenciais nas conquistas.
As guerras civis continuaram e houve a época dos triunviratos, onde o poder era dividido em 3.
O 1º triunvirato foi exercido por Júlio César, Pompeu e Crasso, o último morreu em batalha e os outros dois começaram a disputar entre si, mas César invadiu Roma e passou a exercer um governo ditatorial.
César queria tornar-se rei e quase conseguiu, mas foi assassinado pelos senadores antes de isso acontecer,
O 2º Triunvirato foi feito por Marco Antônio, Caio Otávio e Láedio, o último foi afastado e os dois primeiros tornaram-se inimigos. Caio Otávio tornou-se o primeiro imperador de Roam em 27 a.C.

IMPÉRIO ROMANO

Alto Império (Formação, crescimento, apogeu)

Esta fase corresponde a 27 a.C. até 235 a.C. com quatro dinastias: A Júlio-Claudiana, a dos Flávios, a Dos Antoninos, e a dos Severos.
O principado de Augusto
Otávio Augusto (Caio Otávio) foi o mais expressivo imperador romano. Ele era um bom administrador público e reformou a Império no que diz respeito a muita coisa, coisa uma nova organização social, onde todos saiam ganhando, também parou com o domínio romano (paz romana).
Foi durante o seu reinado que surgiu Jesus Cristo e com Ele, uma religião que cresceria muito: O cristianismo.

As dinastias
Na dinastia Júlio-Claudiana destacaram-se, por sua excentricidade, Calígula e Nero.
Na dinastia dos Flávios, Tito se destacou por invadir e destruir Jerusalém.
Na dinastia dos Antoninos, Adriano Ficou famoso por construir uma muralha de mais de 100 km de extensão.
Nas dinastias dos Severos, já se via um declínio no governo de Severo Alexandre.

Crise no Império e sua Queda

A partir do ano de 235 d.C. o império romano iniciou sua decadência, tanto por fatores internos como externos.
Internos >>> A falta de escravos abalou a economia imperial e essa não crescia tanto como antes, assim sendo, não conseguia sustentar a demanda existente. Como conseqüência houve um aumento continuo de impostos.
Assim também houve o êxodo urbano, onde as pessoas migraram para o campo, trabalhando para o latifundiário que havia cedido a terra. Isso era o colonato.
Para amenizar a crise foi decretada a tetrarquia, onde o governo foi dividido em quatro imperadores, mas novamente começou a luta pelo poder, sendo assim, no ano d e313 d.C. reunificou-se o poder, foi ele legalizou o cristianismo em todo o império.
Em 395, Teodósio instituiu capitais para o império: Constantinopla (Oriente) e Milão (Ocidente).

Externos (invasões Bárbaras) >>> OS bárbaros (que habitavam as atuais terras alemãs) sofriam com o grande aumento populacional e a ameaça do povo huno. Então necessitavam expandir suas fronteiras, assim pouco a pouco foram adentrando o território romano e finalmente me 476 conquistaram Roma.
Cultura Romana
Como legado eles nos deixaram muito de sua administração pública. O português veio do latim e a organização da Igreja Católica, de Roma.

Império Bizantino

Em 395 houve a transferência da Capital de Roma para Constantinopla (Nova Roma, Bizâncio).
Bizâncio tornou-se uma grande e urbanizada cidade da Europa Medieval. Lá eram comercializados perfumes finos, tecidos de seda, porcelanas e peças de vidro.
A economia era baseada na atividade agrícola.
Durante o governo de Justiniano houve uma maior centralização do poder do poder, só que isso não impediu revoltas. A mais famosa foi a revolta de Nika.
Ela aconteceu no hipódromo onde aconteciam as corridas de cavalos, era aí que todas as classes se encontravam divididos em verdes e azuis. Um dia antes da revolta houve vários assassinatos o que deixou o povo insatisfeito. No dia da revolta os verdes deixaram o hipódromo em massa, o que era um grande insulto ao imperador. O que gerou em morte, uma delas dos azuis. Assim, com ameaças de ambas as classes, o governo agiu e matou mais de 35 mil
Pessoas, acabando com a revolta de Nika e permitindo que Justiniano prosseguisse.
Justiniano criou o código Justiniano (Corpus Juris civilis) que foi a base da justiça Ocidental.
Ele tentou reconstitui o Império Romano, mas usa conquistas (Norte africano, Itália e sul da península Ibérica) não duraram muito. Em 1453 a cidade foi dominada pelos turcos otomanos e assim aconteceu o fim do império bizantino.
Religião
Houve a tentativa de união entre a Igreja e a política, o que acabou na divisão da igreja em duas, a ortodoxa e a católica apostólica romana.
Sem contar as crises culturais que afetavam a Igreja, como as idéias heréticas de monofissismo (defendia que Cristo era apenas divino e não humano) e a iconoclastia (propagação de destruição de imagens de Santos nos templos).
Arte
Os mosaicos são a maior expressão bizantina. Vale lembrar na arquitetura a Igreja de Santa Sofia.

O TEATRO EM ROMA

Ao contrário da Grécia, o teatro não foi um meio de educação e cultura para o povo romano. Os governantes tirânicos se preocupavam em proporcionar jogos e espetáculos sangrentos no Circo Romano, Imperava a política do “pão e circo”. Não era conveniente que o povo assistisse algo sério e conscientizador, Grande repressão exercia-se contra os autores que usavam a palavra para discutir a realidade em que vivia o povo oprimido. Por isso mesmo os espetáculos de “mimesis” (“imitação”: o “mimo” (espetáculos de mímica) e a “pantomima” (narração por meio da dança, exprimindo sentimentos e idéias através de gestos e expressão corporal) eram os mais aceitos pelo poder.
Mesmo assim, os mimos, (Os mímicos eram chamados de mimos) como o célebre Pilades, tiveram problemas por criticas altos funcionários, através de gestos.
Para os imperadores o mimo e pantomima, tinham a dupla vantagem de agradar a plebe de Roma e também todos os povos submetidos, fossem quais fossem a sua língua e as uma raça. Constituíam assim ritos de exportação capazes de contribuir para o domínio e para o prestigio de Roma. Os mimos (mímica) e a pantomima foram postos a serviço da unidade romana. Os mimos “Batilo”, no gênero cômico e “Pílades”, no gênero sério, formam os artistas mais célebres da época.
A decadência de costumes em Roma exprime-se com espetáculos cada vez mais violentos, nos jogos do circo e do anfiteatro. Os cristãos foram vitimas em muitos espetáculos e, muitas vezes escravos ou condenados substituíam os atores nas cenas de morte para o que o povo pudesse assistir uma morte verdadeira em cena.
A única contribuição essencial do teatro romano é representada pelas “atelanas” que eram pelas populares, que resistiram ao tempo, influindo nas posteriores “farsas” da idade media, e ate no início do teatro moderno inspiraram a comédia “Dell’arte”
A “atelana” era representada no fim do espetáculo assim como o “drama satírico” era representado na Grécia, e tinha personagens-tipo usando mascaras, que com o tempo foram se tornando tipos fixos. Inspiravam-se na vida dos camponeses e nos ridículos dos citadinos.
Em Roma, os “mimos” foram se tornando mais populares, tomando o lugar das “atelanas”, mas essa forma popular resistiu heroicamente nas províncias do Império, até a Idade Média. O mimodrama nasceu das antigas improvisações sob a forma de “SATURAS” (peças burlescas), assim denominadas porque misturavam a fala, a música e a dança. A ‘“SATURA” representou durante muito tempo a única arte dramática autenticamente romana.

Comédia em Roma: Plauto e Terêncio

A comédia romana antiga usou as fontes gregas, mas teve características originais. Era voltada ao presente, à personagem que possuía contradições e mostrava os ricos e pobres.
Plauto tinha uma grande veia poética aliada à sua cômica de grande farsista. Plauto imita, sem de isso fazer segredo, a comédia nova do teatro grego. Fundia várias peças gregas, exertava cenas de uma peça na outra.
Terêncio fazia representações para as classes mais abastadas e seu teatro era menos farsesco com um tom um pouco mais sério.
Plauto e Terêncio criaram muitos tipos populares que depois foram espalhados por todo o mundo através da Comédia Dell’arte. Seus tipos: o fanfarrão, o avarento, o criado astuto, do filho de família devasso, o parasita, etc.. Servem de inspiração até hoje a todos os que trabalham com a comédia, inclusive no cinema e na televisão. Por exemplo: “A comédia dos Erros” de Shakespeare foi inspirada em “Os menecmos” e Molière inspirou-se em “anfitrião”.

Plauto: O cabo, Caruncho, Os menecmos, Os prisioneiros, O soldado, Fanfarrão, Aululária, Anfitrifião, Trinumo.
Terêncio: O Punidor de si mesmo.

Tragédia em Roma: Sêneca

Com exceção das peças de Sêneca, sobreviveram poucos elementos da tragédia romana, apenas alguns fragmentos de alguns autores. Mas Sêneca, embora não tenha a poesia e a força trágica dos três trágicos gregos, influenciou dramaturgos de várias épocas com sua grande eloqüência. Escreveu “Octavia”, drama histórico sobre a vida romana, “Hércules” “tiestes” etc.

sábado, 21 de maio de 2011

Humanas

Talvez eu não esteja focando ainda um alvo concreto, mas ora vejam só, eu tenho 18 anos e nada mais e tenho uma biografia invejável. Pode não ser a história de um herói, mas é uma história.
Sempre digo que é necessário foco e disso eu conheço pouco, tão pouco como a vida prática, da qual eu tento provar sem queimar a língua.
Ao menos me dilui em apenas uma área até o momento: Humanas. Descartei tanto a área de Biologia ou de Exatas. São áreas que não desprezo, mas que faço uso apenas do necessário. Dentro de humanas ainda decido-me. O teatro é um fato e a docência parece-me que outro. Onde? ainda não sei, mas tenho que continuar a focar apesar de ter tudo ainda muito deslocado.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Incompleto

AAh Quem é o Jeff hein? Uns posts atrás disse que ao meu ver tinha encontrado a verdade da vida... Tipo, a minha verdade quero dizer. E devo mesmo tê-la achado, não é interessante comentar dela, mas é uma verdade maquilada e que, por Deus, seja mentira. Eu mesmo a maquio, na real, todos a fazemos. Cada um a sua.
Quem é que acorda para um dia cheio de estudos, trabalho, por vezes cheio de risadas, piadas, lágrimas, quem? Nós mesmos, mas, por mais vezes, acordamos com aquele olhar triste que por mais que haja sorrisos em nossa cara, esses sorrisos não se sobrepõe nossos olhares. Daí é que a gente tira a maquilagem pra maquiar o dia e dar mais vida alegre ao que consideramos ruim.
Sabe, eu não estou triste ao todo Ultimamente, mas estou me sentindo incompleto, com um ar de "falta algo". Não sei se como ator, como pessoa, como homem, como família. Mas me falta algo ainda, quando eu me senti completo não durou nem duas semanas, então, e aí?

"Caso o homem prove a perfeição uma vez, ele nunca será o mesmo."

terça-feira, 17 de maio de 2011

Primeira aula de expressão vocal

Fatores de risco para a voz
·         Fumo
·         Álcool
·         Drogas
·         Hábitos vocais inadequados
·         Posturas corporais inadequadas
·         Poluição
·         Alergias
·         Alimentação inadequada
·         Falta de repouso inadequado
·         Ar condicionado
·         Falta de hidratação
·         Mudanças de temperatura
·         Vestuário inadequado
·         Alterações hormonais
·         Medicamentos

Dicas básicas para uma boa emissão
·         Tomar 2l de água por dia
·         Não tomar álcool, fumar ou abusar da cafeína
·         Evitar alimentos pesados, excessivamente condimentados, principalmente à noite
·         Reduzir o uso da voz quando doente
·         Não falar alto
·         Não usar a voz fora do tom habitual
·         Evitar longas ligações telefônicas
·         Evitar conversas em ambientes ruidoso
·         Evitar falar rápido e por muito tempo
·         Não falar enquanto faz exercícios fiscos ou carrega peso
·         Aquecer a voz
·         Reconhecer as sensações de esforço vocal e evitá-las
·         Usar roupas confortáveis
·         Evitar poluição, mofo, não ventilação.
·         Evitar ar condicionado
·         Repousar a voz
·         Nunca se automedicar
·         Deixar o corpo movimentar-se enquanto falar

O que é voz

A voz é produzida pelo trato vocal, a partir de um som básico gerado na laringe, o chamado “buzz” laríngeo.
O ar é fundamental na produção da voz. Ele passa pela laringe e faz as pregas vocais vibrarem. Quanto mais agudo o som, mais rápido é processo vibratório.
Quando respiramos as pregas vocais ficam afastadas, quando produzimos voz elas de aproximam e vibram.
Ainda há, porém, o processo de ressonância. Para formar os sons de uma língua há duas fontes de som: A glótica e a friccional.
A fonte glótica usa da glote para produzir o som. Ela ativa a vibração das cordas vocais. A glote é o espaço entre as pregas vocais.
As consoantes sonoras do português: bê, dê, guê, vê, jê, nhê, nê, lê, lhe, rê e rrê e as vogais.
A fonte friccional usa da fricção do ar. Os sons surdos são: pê, tê, quê, fê, sê, e Xe;

Quadro 1.1 – Condições básicas para se produzir a voz e a fala
1.       Para emitirmos a voz e a fala, nosso cérebro dispara o comando central, que chega em nosso laringe e nos articuladores dos sonos da fala através dos nervos específicos.
2.       Inicialmente precisamos inspirar ar, ou seja, colocar o ar para dentro dos pulmões; Para tanto, as pregas vocais devem estar afastadas.
3.       Ao emitirmos a voz, as pregas vocais aproximam-se entre si, com tensão adequada, controlando e bloqueando a saída de ar dos pulmões.
4.       O ar coloca em vibração as pregas vocais, que realizam ciclos vibratórios que se repetem rapidamente; quanto mais agudo o som, mais rapidamente esses ciclos de repetem.
5.       As caixas de ressonância, principalmente a boca e a faringe, devem estar ajustadas para facilitar e amplificar a saída do som pela boca.
6.       Dependendo do som da fala a serem emitidos, os articuladores, ou seja, os lábios, a língua, a mandíbula e os dentes, devem se posicionar de modo adequado.

Os mecanismos de controle da voz

Nos sons agudos, as pregas vocais estão mais longas, mais tensas e fazem maior número de ciclos vibratórios por segundo. Nos graves acontece o contrário.
Sons fortes são produzidos com maior pressão de ar, maior tensão e fechamento mais firme das pregas vocais. Sons fracos, o contraio.
Para mudarmos a qualidade da voz modificamos todo o trato vocal.
Ouvimos nossa voz por via externa e interna. O que deixa a nossa percepção como um pouco mais grave do que as pessoas escutam.

Qualidade vocal
Mecanismo Básico Empregado
Voz Projetada
Controle adequado dos mecanismos de freqüência e intensidade, com ressonância difusa e grande excitação do trato vocal.
Voz Rouca
Pregas vocais com vibrações irregulares.
Voz Nasal (fanhosa)
Ressonância do som predominantemente concentrada na cavidade do nariz.
Voz sussurrada (cochichada)
Pregas vocais aproximadas, mas o ar passar por entre elas sem vibração.
Voz em Falsete
Pregas vocais alongadas, mas com tensão reduzida e vibração limitada a sua região anterior.
Voz Comprimida
Vibração restrita das pregas vocais e tensão da estrutura do aparelho fonador, especialmente da laringe da faringe.
Voz Monótona
Falta de variação adequada do comprimento, da tensão e da vibração das pregas vocais, com ressonância pobre.
Voz Trêmula
Tremor da estrutura do aparelho fonador, que pode estar limitado às pregas vocais ou envolver até a língua e a mandíbulas.
Voz Soprosa (Voz com ar)
Pregas vocais não se tocam completamente, escapando ar não sonorizando entre elas.

A psicodinâmica Vocal

Nossa voz é única e através dela pode-se descobrir ou ter noções de fatores biológicos (sexo, idade e condições gerais de saúde), psicológicos (características básicas de personalidade e estado emocional no momento) e sócio-educacional (o grupo social/profissional ao qual se pertence)

“Um profissional tem que ser competente, atualiza e com mente crítica”