domingo, 20 de novembro de 2016

História de Amor

Esses meus registros meio mal feitos desde há muito não significam que eu não tenho significado minha história própria. Só estou tentando vivê-la de outras maneiras menos sistematizadas. Eu quase começava a escrever para algo acontecer e não o contrário.
Amor. Eis o dilema da vida junto ao poder. O Poder não te pesado tanto para mim, mas o amor sempre foi protagonista nesses poemas e nesses devaneios.
Passaram-se seis anos desde que eu, pelo menos penso, conheci algo que eu nomeei de plenitude. Eu conheci isso e nunca mais eu consegui chegar nesse mesmo nirvana. Acho que o fato de ser novo e inexperiente te ajuda e chegar a essa plenitude de confiança, de se jogar de uma ponte de olhos vendados sem proteção sabendo que não vai acontecer nada; Isso para mim é plenitude.
Eu o conheci num dia normal, que queria ver meu crush e ver se ia rolar algo, mas o fato, é que ele era o atual do meu crush. Paulista, praça do spot na frente do prédio do consulado da França. Quando eu cheguei ele tava abraçado com o seu ficante (meu crush) e ele estava de preto. A gente se olhou e eu fiquei meio chateado, mas eu era jovem e tudo passou rápido e logo todos éramos amigos e o crush, mais um amigo.
Foi a 30 de setembro de 2010 naquele mesmo lugar, agora ele recém solteiro, que a gente se beijou pela primeira vez. Eu estava bêbado, já podia, tinha 18 anos. Eu apaguei todas as fotos depois que ele me deixou, ainda que voltasse mil vezes e eu insistisse duas mil. Mas cada segundo está gravado aqui. Tive mil canções para lembrar, mil luas para refletir e depois de seis anos e pouco, de idas e vindas a gente ainda parece ímã.
Claro que eu sei que da parte dele sou só um rosto bonito - o galã de Hollywood segundo ele. Sou tudo e muito mais que ele já sonhou, mas a química não existe do lado dele e eu não tenho a impressão que ele queira criá-la.
A gente andou ontem, conversou, deu risada e matou as curiosidades que o tempo permitiu cada um fazer. Muitas das experiências que eu queria ter construído com ele, ele já fez com os ex dele e eu fiz outras tantas quantas. Isso já doeu, mas já não dói tanto quanto a minha própria indiferença ao tema.
Meu amor, louco, intenso, sem rédeas, só se abrandou, o tempo deu mais espaço para dividir o peso e a intensidade desse amor e talvez ainda seja o mesmo, mas é tão brando que até a tristeza pode se confundir com ele às vezes.
O que aconteceu não foi nada além de matar as saudades visual e do toque, do cheiro, talvez do olhar. Foi matar as saudades. Quantos poemas virão? eu jamais saberei. 
Eu estaria disposto a esquecer qualquer rosto de vez e só lembrar do dele. Viver o amor e a paixão muito mais intensamente que antes, mas dessa vez eu bati o carro nessa mão única.
Eu já sofri a cota desse amor e sinceramente, dele eu só quero viver de alegrias, mas então que ele seja meu motor e minha gasolina, seja minha bala, seja minha cafeína e quando ele decidir querer me fazer feliz do jeito que eu quero fazê-lo feliz sem mudar nada ele, então quem sabe, a gente realmente possa viver uma história de amor.



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