domingo, 13 de setembro de 2020

Maçã do conhecimento

 Mordi a maçã do conhecimento

Sem saber exatamente o que esperava,

Foi como subir vulcão em lava,

Foi como meter a mão no cimento,

Foi quebrar a onda do tempo e do momento

ou mesmo a noção de espaço e matéria.

Nessa viagem, me distanciei de gente séria

E entendi o outro sem da linguagem usar,

Tive ideia do que é morrer e se integrar

ao todo, ser pó de estrela, ser uma bactéria.


Não há explicação, pois nem conseguiria.

Não é sobre uma questão de capacidade

Não é sobre ser maior ou menor de idade,

Acho que nem tema de maturidade seria.

Quando olho no espelho escuto "quem diria?"

E me permito ver que já não sou mais eu,

que me arrisquei e o químico me surpreendeu

E que minha sensibilidade ao próximo está a mil

Quebrando fronteiras minhas e do Brasil

matando deuses, e criando um deus que também sou eu.



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