segunda-feira, 10 de maio de 2021

After the edge

 Depois do limite da dor, não há mais dor. Eis que eu me encontrei em algum lugar desconhecido pela primeira vez. O sentimento era novo e não continha dor, mas os sorrisos estavam longe de ser alcançados. Eu não me reconheci, era apenas uma alma triste vagando pelos dias.

Depois do meu limite, Bruno, meu namorado, segurou minha mão. Ainda um pouco sem me entender completamente, e até palavras mais pesadas usou, mas segurou minha mão. Deu um tapa na minha alma para que ela pudesse reviver como pudesse, mas que se mexera. Que pudera trabalhar.

Ainda estou meio zonzo, meio sem rumo e sem saber o que há depois do limite. Mas sei que não há mais dor. Há talvez um recomeço. E eis que o universo sussura em meu ouvido "recomeço", "ter fé", "acreditar novamente".

Eu não sei aonde vou ou como estarei, mas seguirei tentando curtir o caminho enquanto tenho força nas pernas. Ninguém nunca me falou que amadurecimento requer dor. Aqui estou. Depois do limite.

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