domingo, 5 de junho de 2011

E... voz

"Deus separou o claro do escuro, separou o mar da terra, separou o macho da fêmea, separou o bem do mal. E se Deus já começou separando, quem sou eu pra falar de união? Mas eu digo que o homem é bicho que nasceu pra ficar tudo junto. Da vida eu digo que é longa demais para dizer que é curta e é curta demais para dizer que é longa. Do mar eu digo que é grande demais para minha canoa e, do rio, eu digo que é o que me corre nas veias. Da grande cidade eu digo que já me debrucei nas suas varandas e que o mosaico de suas calçadas já viram o carimbo de meu pé. Sei de seus tumultos e barulhos e digo que nenhum deles deve ser o som da esperança. Porque os sinos da esperança não tocam nessas catedrais de pedra, nas ruas de pedra, no peito de pedra desses homens que andam por tantas calçadas que não vão dar em lugar nenhum. Do violão digo que é meu melhor amigo por ser o único que não me dá conselhos e, do sertão, digo que é minha casa. Do desejo digo que é bicho que não morre, do tempo digo que é inimigo dos homens e, do amor, digo que é inimigo do tempo."

"CORDEL DO AMOR SEM FIM", De Cláudia Barral

Com esse texto treinamos nossa leitura em voz alta com a percepção de algumas características nesse tipo de leitura:

  • Respiração
  • Ênfase
  • Respiração
  • Articulação
  • Modulação - variação entre graves/agudos
  • Tom - grave/agudo
  • Projeção
  • Intensidade entre Forte e fraco
  • Pronúncia
  • Velocidade

A mim foi pedido que eu desse mais ênfase em palavras importantes do texto, mostrando mais alegria e dando vida ao texto. Não deixando-o triste. E controlar a velocidade também.

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