quinta-feira, 16 de maio de 2013

Trajetória

Sonhar com os pés no chão e ter frieza e alegria por isso. Durante a juventude e adolescência nós sonhamos muito alto, temos planos e mais planos. Sonhamos acordados, pensamos poder tudo, e por aí vai. As coisas na vida adulta mudam bastante.
Eu fui o tipo de menino que teve tudo até os 18 anos de idade e depois disso e em partes teve que batalhar. Não tanto quanto minha irmã ou outras pessoas, mas foi o suficiente para assustar. Como assim? Imagine um menino estudante de escola particular, com cursos em três idiomas, academia e natação, viagens pelo Brasil e exterior e... do nada... Nada mais é possível caso não se corra atrás.
O pouco dinheiro que me sobrou eu paguei um semestre de fonoaudiologia numa universidade particular e quando logo menos vi, o dinheiro se acabou, então fui trabalhar em um hotel, nada do que eu esperava e o salário bem abaixo do que eu pensava. Logo eu vou lá recomeçar.
Faço então um curso técnico em teatro que me dá um registro, viajo para MS visitar a família e começo a dar aulas de inglês. No meio do curso minha mãe me ajuda a pagar um curso de comissário de voo, já que pra ela "atuar não dá futuro".
Final de tudo isso e eu querendo fazer uma faculdade e sair de casa. Objetivo, Rio de Janeiro, mas tão caro e tão impossível de estudar e trabalhar por enquanto por lá, só se passasse numa pública (o que não daria) e se matar de trabalhar já que tudo é tão caro. Pra completar minha mãe tem que fazer um cateterismo, e fico eu em casa e em São Paulo dando aulas particulares e sendo bode expiatório de um ex-chefe.
Tudo bem? Agora a tentativa é Londrina, onde quero trabalhar, fazer uma faculdade e tornar-me um hiperpoliglota dominando sete idiomas. Dou-me o tempo da faculdade pra isso e depois decidir se fico em Londrina ou se parto para novas aventuras por aí.
Eis os objetivos: arrumar emprego, manter-se, começar e terminar a faculdade, dedicar-se nos idiomas. Simples assim, esse é o foco.

Um comentário:

  1. Achei seu depoimento muito lindo. Força, foco e determinação! Sua história me lembrou um pouco mesmo que meio as avessas a de Joaquim Pereira. http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/04/jovem-se-forma-em-direito-e-continua-sendo-engraxate-em-goias.html

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