Um irmão respondão e um tanto quanto sanguessuga e egoista. Eis-me aqui.
Uma irmã um tanto quanto estressada, preconceituosa e dramática. Ei-la no outro quarto.
Uma mãe um tanto quanto mãe. No meio da guerra. Ei-la na varanda a fumar.
As mesmas palavras, os mesmos conselhos e o pior do tom de voz, que naturalmente alta, afastam a todos e toda a calma. O irmão, acho é o mais frio, o mais distante, talvez pelo seu egoísmo. Quieto dá respostas usuais em brigas de irmãos, aqueles palavrões clichês, mas quando ardiloso é tal como atirador de elite que sabe onde acertar.
A irmão no discurso exaustivo de sempre, só sabe terminar em prantos qualquer discussão que inicia e põe a culpa no mais novo. No mesmo discurso, nas mesmas palavras, na mesma... Que dá até preguiça de escrever.
A mãe só sabe tentar apartar e começar a megalomania para apaziguar o coração de ambos, mas não deixa o drama de lado.
O irmão decide por calar a boca e contato, a irmã insiste em algo que nem existe. E nenhum nem outro querem mais saber do outro nem do mesmo eu que era antes na época infantil de escola do mais novo. Sentem falta, mas o que mais falta (e a única solução) é o dinheiro que em sonho irmão e mãe apostam na loteria e a irmã no trabalho.
Ele ainda vai se fuder, mas vai conseguir status e da irmã distância. Ela ainda vai conseguir pagar as contas e fazer mais e se fuder um pouco mais. A mãe vai ver o filho formar-se na faculdade e depois que longe mais uma vez de casa e com toda a burocracia resolvida, vai deixar-se morrer, pois pra ela a única relação, o único valor, que ainda teve alguma importância, era a relação familiar, que hoje fez os persoangens mudarem de irmão, irmã e mãe em homem, mulher e velha.
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