Quão leviana e sem dó foi a vida
Que mentia a tal ponto que o ser
foi de encontro ao bloco morrer.
Era pequeno sim, mas o homicida
teve sua própria paz antes destruída.
Não matou porque quis o pobre coitado
Que na pressa, fez tudo de certo no errado
E não era culpa exclusiva sua o erro
Tanto que logo depois foi no enterro
Daqueles que um dia antes havia matado.
Entre o samba e o caixão, entrou na contra-mão
E afogou-se em mágoas por matar sem
Ao menos lembrar de si, ou de quem
havia lhe matado por vezes de ante-mão
Pois é, matou pois não tinha mais coração!
Pela história, percebo o quão é fácil subtrair
Qualquer um que, infeliz, deixou-se atrair
E como hoje, XXI, é fácil ser assassino
Ainda mais de um coração de um menino
Que não apaga a fé enquanto o outro sorri.
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