terça-feira, 27 de maio de 2014

Um único amor

Ele saía à noite e não voltava antes das duas
Ria e bebia à byron mesmo não sendo
Como os outros que acabaram morrendo
do mal do século entre doces amantes nuas.

Ele morria cada noite em um ou uma amante
Pois viera ser bohêmio em mundo doente
Onde pouco lhe importava quem, ciente,
Se apaixonasse tal como ele era, um errante.

Entretanto a água da fonte secou e não havia
quem o amasse mais como outrora devia
Não havia outros olhos como os quais também mergulhara.

Em verdade morrera no primeiro amor
Vivendo todos os outros dias em torpor
Mas não dava à minima, pois amou, pois amara.

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