sábado, 1 de novembro de 2014

Que eu seja lembrança

E se vai a voz grave, se vai a rouquidão
Me sufoco entre o povo
E logo me encontro na escuridão.

Que não me enterrem nesse chão
Que os pedaços de minha carne
Não fiquem em meio a multidão.

E que não derramem lágrimas nesse dia
Que eu seja lembrança, amor
de verão passado, que lembrem minha rebeldia.

E que de minha mãe, os olhos possam limpar.
Dá-lhe forças, dá-lhe-ia minha vida,
Mesmo que a morte eu fosse, e fui, encontrar.

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