Eu queria escrever algum poema, sabia? Ia ser mais fácil. Eu não estou encontrando palavras, porque eu consigo escrever quando estou muito feliz alguns poemas razos e de pouca profundidade. Quando estou triste escrevo para arrebentar. De minhas mãos saem coisas incríveis... Agora quando a água está morna, quando a rotina impregna, quando seu olhar me olha com indiferença, ou nem me olha, eu não consigo escrever linhas que mostram a sucessão dos fatos e o que eu sinto, e me sentiria um falso ao fazê-lo.
Talvez eu ame intensamente, mas essa tensão já passou e eu nem gosto mais de você. É aquela coisa do "eu amo, mas não gosto mais". Minha intensidade sufocou você e você que poderia ter me sufocado tanto quanto e se entragado pelo menos por um dia... Ai eu não sei o quanto e quando e se, e como você se entregou, se ao menos eu tivesse uma certeza... É, pra você eu sou mais um rostinho bonito e quem me tratou bem não me atraiu tanto quanto você o fez.
Aceitar que eu perdi talvez vai doer menos, mas eu vou lembrar da minha juventude um dia e reclamar o quanto poderíamos ter sido felizes e só você não viu, ou viu tão bem meu egoísmo que no fundo foi a única pessoa que me protegeu.
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