Daí você se redescobre sozinho mais uma vez, mas dessa vez você recorda que é forte e já passou por coisas piores antes, e consegue andar sem ajuda de muletas frágeis. Já vê que mesmo machucado e abrindo cicatrizes você tem frieza o suficiente para nem lágrimas derramar.
Você já não liga nem dá ibope para o próprio sentimento e a sensação você prefere tentar esquecer, ela impregna, é fato, mas já não se escreve mais sobre a mesma.
Daí você percebe que o tempo de poesia já passou e voltou a hora de escrever em prosa, que o último poema virá logo e uma nova fase começa em seguida.
Você percebe que não merece um talvez e tem valor suficiente pra seguir sua vida seja com um sim ou com um não, você sabe que você ama demais e sempre é o que ama mais, e aí você começa a deixar-se amar, a deixar-se conquistar, deixa seu ego falar por você algumas vezes e começa a se dar valor, o valor que devia ter dado antes.
Percebe que o amor que você deu era o mesmo que você queria receber, mas que nem todos os amantes são capazes de prover, então exige menos. Você vê que era você que dentre toda a obsessão tomava a iniciativa, que corria atrás, aí você para de correr e prefere andar na contra-mão vendo até onde o outro arriscaria a bater de frente com outros para te re-alcançar.
Aí você percebe que ama, que amou, mas que tem seu valor, mas também não tem forças para mostrá-lo de novo, então vai até a ponte e joga fora as 7 chaves da sua alma, e deixe que encontrem.
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