quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Latinha

É com tal dúvida cruel que morro
Se com pouca doçura fui jogado
De um precipício e mal-amado
Ninguém a mim cedeu socorro
Logo eu penso se fico ou corro.
E a inspiração se vai à chatice
E o dia pra mim já é mesmice
E aí não sei mais o que fazer
Se dou risada ou posso correr
Dos outros e de sua esquisitice.

Nostalgia! Ah, do amor que eu tinha
Por tempos longínquos, eu os mando
À puta que o pariu, e eu desamando
O que absorvi em festa passada minha
Sair da alma e guardo-lhe em latinha.
Ah! Fácil seria se fosse dessa maneira
Quando se escolhe a sensação ou besteira
De uma entre tantas outras noites de história
Resgatando e re-vivendo o que se tem na memória
Qualquer uma que eu quero ou mesmo que você queria.

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