segunda-feira, 16 de junho de 2014

Minha fortuna

Eu converso sozinho, pois palavras murcharam
As conversas que poderíamos ter tido.
E como odeio palavras depois de ter partido
pra longe de mim. E como as coisas mudaram
saindo do controle dos que pouco se amaram.
Pouco não foi o amor, foram as horas,
Nessa distância tampouco sei se ris ou choras
E o que posso eu fazer mais uma vez?
Se quem ama sou eu, e se entre vocês
Há mais amor, e meu amor não imploras?

Por causa de você eu tentei tudo e mais
Tentei esquecer e reconstruir qualquer
besteira de nós tolos e mesmo se hoje eu quiser
tenho apenas silêncio e paredes banais
Que separam tudo o que ficou para trás.
Em quarto de hotel de cidade grande
Encontro seu rosto e mesmo que eu mande
ir embora qualquer sensação inoportuna
Ainda sei que você sem querer é minha fortuna
De um passado presente, por mais que pra frente eu ande,


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