quinta-feira, 28 de junho de 2012

Inerte

Desgraça de mundo parado, inerte!
E mesmo inerte não para,  roda.
E como círculo, oposto, antípoda,
A nós humanos grita e adverte
 que é nossa raça que o inverte.
Nós o tomamos como treino,
Como se construíssemos um reino
Perfeito em sua falha estrutura.
Como se nunca houvesse ruptura
Entre o físico e o simples leino

Pobres humanos, ri o mundo.
Parado andando, andando parado,
Distingue bem o amante do amado,
Sabendo que os seres em seu fundo
São cegos de si tal como Segismundo.
Tolos, fúteis, egoístas, a Terra clama!
Sabe que um ser não distingue a chama
De um sentimento, ou amor de paixão,
E preenche seu vazio com pouca aptidão
Sem nunca tentar sair de sua cama


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