"Diário do navegador #1
Eu sou capitão e estou sempre procurando um bom lugar pra aportar e poder descansar. Todo dia lanço meus olhos pro horizonte buscando ventos e procuro pássaros, qualquer deles nos diversos mares. Procuro das espécies que já vi ou das que nunca sonhei existir, busco sereias, tesouros e um bom lugar pra dormir.
Um dia as brisas amanheceram e assoviavam “terra enfim!”, eu capitão desconfiei por momentos, mas era mesmo uma ilha á espera cheia de cores em umas árvores de copa alta que chamavam Esperança, pouca conhecida de homens velhos, mas bem fresca a memória dos jovens. Por todos os lados havia águas escuras e barulhentas a cercando, um céu meio ligeiro tímido acinzentado e a receosa ilha chorando. Eu que simplório nunca havia experimentado ilha fiquei apaixonado, nos seus olhos havia jardins que não indicavam qualquer tempestade e sua praia era dentada do mais belo sorriso que estes olhos treinados já viram em vida de errante marinheiro intocado. Aí não resisti, bebi da boca da ilha e acariciei seu rosto em tardes salgadas, mas ela não fechava o olho de medrosa, tinha medo de afundar nas águas vazias, a ilha queria fugir... Aí eu, capitão de mim mesmo, decretei aquela ilha pedaço meu, disse baixinho “se afundar não afundas sozinha” e deixei meu barco ir á alto mar mergulhar sem ninho ou apogeu. Cravei casa aqui e não saio agora meu amor, sou naufrago teu. Temos todos os verões com pássaros de espécies que já vimos e sonhamos juntos existir, temos todas as águas mais claras pra explorar sereias, temos terra de cavar tesouro e lugar quente pra dormir. Tu és capitão meu, subimos as mais altas copas de Esperança, me indica quando estiver à deriva, um bom lugar em teu peito pra aportar e lembrar-nos de ser crianças."
- Vinícius Alves para Jeff Venturi
Eu sou capitão e estou sempre procurando um bom lugar pra aportar e poder descansar. Todo dia lanço meus olhos pro horizonte buscando ventos e procuro pássaros, qualquer deles nos diversos mares. Procuro das espécies que já vi ou das que nunca sonhei existir, busco sereias, tesouros e um bom lugar pra dormir.
Um dia as brisas amanheceram e assoviavam “terra enfim!”, eu capitão desconfiei por momentos, mas era mesmo uma ilha á espera cheia de cores em umas árvores de copa alta que chamavam Esperança, pouca conhecida de homens velhos, mas bem fresca a memória dos jovens. Por todos os lados havia águas escuras e barulhentas a cercando, um céu meio ligeiro tímido acinzentado e a receosa ilha chorando. Eu que simplório nunca havia experimentado ilha fiquei apaixonado, nos seus olhos havia jardins que não indicavam qualquer tempestade e sua praia era dentada do mais belo sorriso que estes olhos treinados já viram em vida de errante marinheiro intocado. Aí não resisti, bebi da boca da ilha e acariciei seu rosto em tardes salgadas, mas ela não fechava o olho de medrosa, tinha medo de afundar nas águas vazias, a ilha queria fugir... Aí eu, capitão de mim mesmo, decretei aquela ilha pedaço meu, disse baixinho “se afundar não afundas sozinha” e deixei meu barco ir á alto mar mergulhar sem ninho ou apogeu. Cravei casa aqui e não saio agora meu amor, sou naufrago teu. Temos todos os verões com pássaros de espécies que já vimos e sonhamos juntos existir, temos todas as águas mais claras pra explorar sereias, temos terra de cavar tesouro e lugar quente pra dormir. Tu és capitão meu, subimos as mais altas copas de Esperança, me indica quando estiver à deriva, um bom lugar em teu peito pra aportar e lembrar-nos de ser crianças."
- Vinícius Alves para Jeff Venturi
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