O último poema do ano é bem assim:
São reticências que odeio por em rima
Memórias que se tornaram obra-prima
E me recordam de uma amizade, o fim
De uma morte a solidão que dei pra mim.
De experiências chocantes, um foco de luz
De dores incessantes em lágrima, minha cruz
Eu mesmo fui capaz de sozinho carregar
Lembrando o passado que veio me torturar
Percebendo que é a energia que me conduz.
Um ano de opiniões em pequena cidade
Que me deixou longe de tomar meu café
Na Paulista em companhia de saia ou boné
Desses meus amigos que, em amabilidade,
Não me deixariam nem mesmo pela idade.
Eu sei que não quero lembrar e nem esquecer
Do ano que tive longe do paulistano alvorecer
Onde nada e ninguém para nem pra dormir
Aqui ano que vem vou mais é progredir
E prestar adorações aos céus ao anoitecer!
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