segunda-feira, 23 de maio de 2011

Teatro e História romana

Roma Antiga

A história de Roma é dividida em três Períodos
Monarquia – 753 a.C. – 509 a.C.
República – 509 a.C. – 476 a.C.
Império – 27 a.C. – 476 d.C.



ORIGENS DE ROMA

Roma, que se localiza na península Itálica tem duas versões sobre sua origem. Uma histórica e outra lendária. A histórica defende a união de italiótas, latinos e sabinos que construíram a cidade contra as incursões etruscas.
A lenda se refere a Rômulo e Remo que foram amamentados por uma loba.

MONARQUIA ROMANA

É a primeira fase de Roma que durou aproximadamente 250 anos com 7 reis (3 Etruscos).

Estrutura Política
O poder executivo era exercido pelo rei, havia o Senado, cúrias e a assembléia curiata.
A sociedade era constituída pelos patrícios, cliente e plebeus
A monarquia acabou em 509 a.C. com a expulsão do rei Tarquínio, o Soberbo.

REPÚBLICA ROMANA
Nesta fase as instituições políticas se tornaram muito mais complexas e modernas.
O período republicano também foi marcado pela grande expansão dos romanos. Com as guerras púnicas, Roma teve seus domínios estendidos por quase todo o mediterrâneo.

Estrutura Política
Houve uma descentralização total do poder.
Criaram-se as Magistraturas, que era o domínio do poder exercido por mínimas duas pessoas, escolhidas por eleições.
Os cônsules lideravam a religiosidade pública e o exército, eles podiam nomear um ditador que recebia total poder em casos de calamidade pública.
Aos pretores cabia a administrar a justiça. Os questores eram responsáveis pelas finanças do Estado. Os publicanos eram responsáveis pela cobrança de impostos.
Os censores ajudavam no estabelecimento das classes sociais.
Os edis realizavam a manutenção pública.
O senado opinava em grandes questões públicas.
Os tribunos da plebe (surgida após o primeiro movimento de revolta de plebeus) impediam leis que fossem contra sua classe.
Havia também a assembléia centuriata, os membros dessa assembléia tinham origem do exercito.

Sociedade
Patrícios >> cliente >>> plebeus>> escravos

As revoltas da plebe
Entre V a.C. e III a.C. houve o que chamamos de revoltas da plebe.
A greve foi o meio pelo qual os plebeus encontraram para os patrícios atenderem suas reivindicações.
Entre as vitórias da plebe podemos citar a criação da sexta magistratura, a lei das doze tábuas (que evitava a manipulação do poder), a lei da canuleia (que permitia o casamento entre plebeus e patrícios), a lei da Licínia (evitar escravidão por dividas). O plebiscito tornou-se meio pelo qual a plebe se expressava politicamente.

Expansão Romana
Durante a República, Roma expandiu seus domínios por todo o mediterrâneo.
Roma era tido com muito interesse pelas cidades vizinhas, então desenvolveu o militarismo como forma de defesa, mas percebeu que a melhor defesa era dominar estas cidades, assim iniciou-se esse processo de expansão.
Por volta de III a.C. houve as guerras Púnicas entre Roma e Cártago, a primeira delas aconteceu num período de mais de vinte anos pelo poder da ilha da Sicilia, onde Roma venceu.
Vinte anos depois, Aníbal (cartaginense) invadiu Roma pelo norte com elefantes, destruída, mas não vencendo, vários lugares.
Outra vez, Roma invadiu e dominou Cartago, sendo assim Roma foi, com certeza, “A senhora do Mediterrâneo”

Crise da Republica Romana.
Com a grande expansão romana houve uma grande mudança na estrutura romana, principalmente econômico-socialmente.
A plebe passou a sofrer mais com o desemprego, mas alguns se beneficiaram criando uma nova classe social, os cavaleiros.
Os militares também tomaram força política, já que haviam sido essenciais nas conquistas.
As guerras civis continuaram e houve a época dos triunviratos, onde o poder era dividido em 3.
O 1º triunvirato foi exercido por Júlio César, Pompeu e Crasso, o último morreu em batalha e os outros dois começaram a disputar entre si, mas César invadiu Roma e passou a exercer um governo ditatorial.
César queria tornar-se rei e quase conseguiu, mas foi assassinado pelos senadores antes de isso acontecer,
O 2º Triunvirato foi feito por Marco Antônio, Caio Otávio e Láedio, o último foi afastado e os dois primeiros tornaram-se inimigos. Caio Otávio tornou-se o primeiro imperador de Roam em 27 a.C.

IMPÉRIO ROMANO

Alto Império (Formação, crescimento, apogeu)

Esta fase corresponde a 27 a.C. até 235 a.C. com quatro dinastias: A Júlio-Claudiana, a dos Flávios, a Dos Antoninos, e a dos Severos.
O principado de Augusto
Otávio Augusto (Caio Otávio) foi o mais expressivo imperador romano. Ele era um bom administrador público e reformou a Império no que diz respeito a muita coisa, coisa uma nova organização social, onde todos saiam ganhando, também parou com o domínio romano (paz romana).
Foi durante o seu reinado que surgiu Jesus Cristo e com Ele, uma religião que cresceria muito: O cristianismo.

As dinastias
Na dinastia Júlio-Claudiana destacaram-se, por sua excentricidade, Calígula e Nero.
Na dinastia dos Flávios, Tito se destacou por invadir e destruir Jerusalém.
Na dinastia dos Antoninos, Adriano Ficou famoso por construir uma muralha de mais de 100 km de extensão.
Nas dinastias dos Severos, já se via um declínio no governo de Severo Alexandre.

Crise no Império e sua Queda

A partir do ano de 235 d.C. o império romano iniciou sua decadência, tanto por fatores internos como externos.
Internos >>> A falta de escravos abalou a economia imperial e essa não crescia tanto como antes, assim sendo, não conseguia sustentar a demanda existente. Como conseqüência houve um aumento continuo de impostos.
Assim também houve o êxodo urbano, onde as pessoas migraram para o campo, trabalhando para o latifundiário que havia cedido a terra. Isso era o colonato.
Para amenizar a crise foi decretada a tetrarquia, onde o governo foi dividido em quatro imperadores, mas novamente começou a luta pelo poder, sendo assim, no ano d e313 d.C. reunificou-se o poder, foi ele legalizou o cristianismo em todo o império.
Em 395, Teodósio instituiu capitais para o império: Constantinopla (Oriente) e Milão (Ocidente).

Externos (invasões Bárbaras) >>> OS bárbaros (que habitavam as atuais terras alemãs) sofriam com o grande aumento populacional e a ameaça do povo huno. Então necessitavam expandir suas fronteiras, assim pouco a pouco foram adentrando o território romano e finalmente me 476 conquistaram Roma.
Cultura Romana
Como legado eles nos deixaram muito de sua administração pública. O português veio do latim e a organização da Igreja Católica, de Roma.

Império Bizantino

Em 395 houve a transferência da Capital de Roma para Constantinopla (Nova Roma, Bizâncio).
Bizâncio tornou-se uma grande e urbanizada cidade da Europa Medieval. Lá eram comercializados perfumes finos, tecidos de seda, porcelanas e peças de vidro.
A economia era baseada na atividade agrícola.
Durante o governo de Justiniano houve uma maior centralização do poder do poder, só que isso não impediu revoltas. A mais famosa foi a revolta de Nika.
Ela aconteceu no hipódromo onde aconteciam as corridas de cavalos, era aí que todas as classes se encontravam divididos em verdes e azuis. Um dia antes da revolta houve vários assassinatos o que deixou o povo insatisfeito. No dia da revolta os verdes deixaram o hipódromo em massa, o que era um grande insulto ao imperador. O que gerou em morte, uma delas dos azuis. Assim, com ameaças de ambas as classes, o governo agiu e matou mais de 35 mil
Pessoas, acabando com a revolta de Nika e permitindo que Justiniano prosseguisse.
Justiniano criou o código Justiniano (Corpus Juris civilis) que foi a base da justiça Ocidental.
Ele tentou reconstitui o Império Romano, mas usa conquistas (Norte africano, Itália e sul da península Ibérica) não duraram muito. Em 1453 a cidade foi dominada pelos turcos otomanos e assim aconteceu o fim do império bizantino.
Religião
Houve a tentativa de união entre a Igreja e a política, o que acabou na divisão da igreja em duas, a ortodoxa e a católica apostólica romana.
Sem contar as crises culturais que afetavam a Igreja, como as idéias heréticas de monofissismo (defendia que Cristo era apenas divino e não humano) e a iconoclastia (propagação de destruição de imagens de Santos nos templos).
Arte
Os mosaicos são a maior expressão bizantina. Vale lembrar na arquitetura a Igreja de Santa Sofia.

O TEATRO EM ROMA

Ao contrário da Grécia, o teatro não foi um meio de educação e cultura para o povo romano. Os governantes tirânicos se preocupavam em proporcionar jogos e espetáculos sangrentos no Circo Romano, Imperava a política do “pão e circo”. Não era conveniente que o povo assistisse algo sério e conscientizador, Grande repressão exercia-se contra os autores que usavam a palavra para discutir a realidade em que vivia o povo oprimido. Por isso mesmo os espetáculos de “mimesis” (“imitação”: o “mimo” (espetáculos de mímica) e a “pantomima” (narração por meio da dança, exprimindo sentimentos e idéias através de gestos e expressão corporal) eram os mais aceitos pelo poder.
Mesmo assim, os mimos, (Os mímicos eram chamados de mimos) como o célebre Pilades, tiveram problemas por criticas altos funcionários, através de gestos.
Para os imperadores o mimo e pantomima, tinham a dupla vantagem de agradar a plebe de Roma e também todos os povos submetidos, fossem quais fossem a sua língua e as uma raça. Constituíam assim ritos de exportação capazes de contribuir para o domínio e para o prestigio de Roma. Os mimos (mímica) e a pantomima foram postos a serviço da unidade romana. Os mimos “Batilo”, no gênero cômico e “Pílades”, no gênero sério, formam os artistas mais célebres da época.
A decadência de costumes em Roma exprime-se com espetáculos cada vez mais violentos, nos jogos do circo e do anfiteatro. Os cristãos foram vitimas em muitos espetáculos e, muitas vezes escravos ou condenados substituíam os atores nas cenas de morte para o que o povo pudesse assistir uma morte verdadeira em cena.
A única contribuição essencial do teatro romano é representada pelas “atelanas” que eram pelas populares, que resistiram ao tempo, influindo nas posteriores “farsas” da idade media, e ate no início do teatro moderno inspiraram a comédia “Dell’arte”
A “atelana” era representada no fim do espetáculo assim como o “drama satírico” era representado na Grécia, e tinha personagens-tipo usando mascaras, que com o tempo foram se tornando tipos fixos. Inspiravam-se na vida dos camponeses e nos ridículos dos citadinos.
Em Roma, os “mimos” foram se tornando mais populares, tomando o lugar das “atelanas”, mas essa forma popular resistiu heroicamente nas províncias do Império, até a Idade Média. O mimodrama nasceu das antigas improvisações sob a forma de “SATURAS” (peças burlescas), assim denominadas porque misturavam a fala, a música e a dança. A ‘“SATURA” representou durante muito tempo a única arte dramática autenticamente romana.

Comédia em Roma: Plauto e Terêncio

A comédia romana antiga usou as fontes gregas, mas teve características originais. Era voltada ao presente, à personagem que possuía contradições e mostrava os ricos e pobres.
Plauto tinha uma grande veia poética aliada à sua cômica de grande farsista. Plauto imita, sem de isso fazer segredo, a comédia nova do teatro grego. Fundia várias peças gregas, exertava cenas de uma peça na outra.
Terêncio fazia representações para as classes mais abastadas e seu teatro era menos farsesco com um tom um pouco mais sério.
Plauto e Terêncio criaram muitos tipos populares que depois foram espalhados por todo o mundo através da Comédia Dell’arte. Seus tipos: o fanfarrão, o avarento, o criado astuto, do filho de família devasso, o parasita, etc.. Servem de inspiração até hoje a todos os que trabalham com a comédia, inclusive no cinema e na televisão. Por exemplo: “A comédia dos Erros” de Shakespeare foi inspirada em “Os menecmos” e Molière inspirou-se em “anfitrião”.

Plauto: O cabo, Caruncho, Os menecmos, Os prisioneiros, O soldado, Fanfarrão, Aululária, Anfitrifião, Trinumo.
Terêncio: O Punidor de si mesmo.

Tragédia em Roma: Sêneca

Com exceção das peças de Sêneca, sobreviveram poucos elementos da tragédia romana, apenas alguns fragmentos de alguns autores. Mas Sêneca, embora não tenha a poesia e a força trágica dos três trágicos gregos, influenciou dramaturgos de várias épocas com sua grande eloqüência. Escreveu “Octavia”, drama histórico sobre a vida romana, “Hércules” “tiestes” etc.

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