quarta-feira, 25 de maio de 2011

Farsa de Inês Pereira



Hoje foi a primeira vez que cheguei atrasado no meu curso de Teatro. ele se inicia as 9h da manhã e eu cheguei às 10h30, as menos fui. Estava sob uma situação grande de ansiedade e estresse e precisava dormir um pouco mais. Expliquei-me ao professor que entendeu a situação.
O que perdi foi apenas uma explicação sobre o carnaval e também um debate sobre o filme "Um crime de Paixão" que assistimos semana passada.
Comentamos então sobre a farsa de Inês Pereira e uma visão geral dos Teatros Grego, Romano e Medieval.
Aqui, hoje, devo falar um pouquinho mais sobre essa Peça de Gil Vicente: "A Farsa de Inês Pereira".
Gil Vicente a escreveu como um desafio, visto que era acusado de plágio, deram-lhe um provérbio "Mais vale um asno que me carregue do que um cavalo que me derrube".
A peça pode ser dividida em quadros, tais como:
  1. Inês Pereira Solteira;
  2. Chegada e conselhos de Lianor Vaz para que se case;
  3. Apresentação e rejeição de Pero Marques
  4. Chegada e aceitação do escudeiro;
  5. Vida de Inês casada com o Escudeiro;
  6. Inês viúva;
  7. Vida de Inês casada com Pero Marques.


Essa rejeição inicial a Pero Marques ocorre pois, Inês sonhadora, quer um homem com características palacianas, que seja "discreto" saiba cantar, jogar bola, tocar violão. O que Pero Marques não tem e o escudeiro tem. Porém ao ficar com o Escudeiro, este a proíbe de cantar, conversar e a põe em clausura. Indo para a Guerra, o escudeiro morre, fugindo como um covarde, mostrando a contradição entre o macho dentro de casa e covarde em batalha.
Inês fica feliz com a morte do marido, e já amadurecida com o destino que lhe coube casa-se com Pero Marques, já pensando em trair-lhe com um ermitão que lhe aparece pedindo esmola, homem que era apaixonado por Inês no Passado.
Assim, Gil Vicente soube usar da dramaturgia para ilustrar o tal provérbio, o escudeiro referindo-se ao cavalo e Pero Marques ao Asno.

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