São os olhos que eu tento evitar,
O âmago alheio capto facilmente,
Mas tremo quando de ti passo rente.
São os olhos que tiram de mim o ar
Que junto ao sorriso me faz sonhar.
Deles eu já desenho até o formato
Embora sei que chegaste de arrebato.
Os cantos da boca já conheço cerce
Posto que a distância sua função exerce
E sem o toque fico com saber inexato.
Durmo, acordo, olho a cama vazia
Aqui, desejo-te de olhos entreabertos
Projeto, poetizo por ensejos já insertos
Em meus sonhos com tanta aprazia
De fonte que ouro certamente me traria.
Platônico Feitio, impetuosa afeição
Acabarei com isso em breve, emoção!
Sobretudo se de teu ponto de vista
Parecer-te uma chama onde se invista
E juntos à noite morrermos de paixão.
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