Ela não sabia se acendia outro cigarro ou não. Seus atos lhe preocupavam, mas não achava que estava ao todo errada. Tinha tido uma criação difícil e aprendeu que certas coisas não se faziam. Esperava a morte como quem espera um ônibus sem destino certo. Tinha medo. Era frágil e dependente por mais que os sorrisos conseguissem atuar tal segurança.
Amava aos filhos mais do que tudo, talvez seu maior erro e maior virtude. Amor incompreensível que só o bem deseja, mas dentro dos seus limites. Tinha medo de ver o filho partir, mas sabia que o momento chegaria e não queria estar ali pra sentir a dor da perda. Amava, amava muito quem criou e de seu ventre saiu, amava tanto que pra si não restou amor.
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