quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Bocas

Mais seca que a seca da estiagem
Molhada dos beijos mais amenos
Desejo súbito que nos amemos
Para fazer de seus lábios uma viagem
Enquanto se pode sair da vadiagem.
Contraditória, atraente, chamando
Aqueles que nem estão amando
E conseguem de tudo aproveitar
Sem nunca um beijo seu rejeitar
Mas jamais, requisitados, ficando.

São bocas que não passam de ânsia
Vontades repentinas que persistem,
Mas não duram, efêmeras existem.
Entre vontades sei, há discrepância,
Vide entre nós dois, tal distância.
Tentei sobre bocas um poema ter
Sei que beijos a todos posso ceder
É certo, mil bocas por você passarão
Embora por outros beijos tenha consideração,
São só nos seus que eu quero morrer.


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