quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Não lhe escrevo poemas de amor

Não lhe escrevo poemas de amor
Não ainda, já que não sei se devo.
Se da sua sorte sou seu trevo,
Não sei se lhe entrego meu pudor.
Não lhe escrevo poemas de amor.
Você me rouba de minha musa
Mesmo assim não tem recusa
De separar-me do mundano,
De levar-me ao fundo do oceano,
Dou-lhe liberdade e você abusa.

Mas não! Ainda não lhe escrevi
Promessas que uma dia atrás
Eu pra outra pessoa tão vivaz
Fazia e quase tudo prometi,
Não! Ainda nada lhe escrevi.
Como posso contraditório ser?
Se em linhas frágeis lhe parecer 
Que lhe escrevo com tal fervor.
Como posso lhe mentir o amor,
Se um poema acabo de lhe escrever?


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