sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Atado

Que beleza escondida, que nada!
Que olhos traiçoeiros, mal-intencionados
Que toques sedutores, semi-acabados
Matando do conto a própria fada
E tirando a fé em estaca encravada.
Lâmina de espada afiada em dois gumes
Que me tira da rotina e dos meus costumes.
Maldito menino que promete amor
E no fundo, ilude e só causa dor,
Fazendo o outro lembrar de seu perfume.

Por que fui te dizer que és tu que procuro?
Pergunto-te ainda quando deixarás de existir
Quando da minha vida poluída decidirás partir?
Errado eu em guardar o fogo em local seguro
Errado eu em fazer a chama iluminar-te no escuro.
E que extingua, E que acabe, E que faça chover
Para que a água faça essa chama morrer.
Que a água que desaba, desabe sobre nós
Mas que só você queime entre todos os nós
Que você mesmo atou ao não mais me querer.


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