Em nossa última aula com a Marisa (que conduz as aulas de Interpretação Cênica) iniciamos de vez o tal do tão comentado "Método Stanislavski". Trabalhando algumas coisas ao mesmo tempo, porque assim é que desenvolvemos nosso "ator interior".
Um exercício em duplas de espelho contribuiu para mostrar que é complicado manter a concentração e os olhos nos olhos. Não senti tanta dificuldade com imaginei que teria, mas também passei longe do que é perfeito. Mas como é difícil concentrar-se não é mesmo?
Chegamos uma hora a imaginar que éramos cordeirinhos prestes ao sacrifício, fui escolhido como pastor, o que não me deixa maior nem menor do que ninguém e nem em termos de dificuldade. Tão difícil como fazer um é fazer outro. Por vezes peguei-me desconcentrado, sem saber como andar, o que fazer, como ATUAR. Mas em certos momentos, eu realmente era um pastor, por vezes era difícil chegar perto de um "cordeiro" e sacrificar-lhe, mas era necessário. Talvez essa seja a essência desse método. O SER. Buscar ser aquilo que não se pode ser, que não se é.
A lição de casa, digamos assim, era uma leitura mais aprofundada da introdução e do primeiro capítulo de "A preparação do Ator" de Constantin Stanislavski.
A apresentação da edição que tenho em mãos explora como era pura a essência que Stanislavski buscou aplicar ao teatro. Longe daquilo que pode ser o estrelismo que muitos buscam. De acordo com Sir John Gielgud, "a popularidade e o sucesso [no que diz respeito à fama] não eram temas de Constantin", e algo que me chamou a atenção foi a menção que atores no geral são inseguros, embora possam parecer senhores de confiança em cima de um palco. O diretor precisa de Tato. O livro então, seria como um guia, mas não uma lei absoluta, para clarear dúvidas que por vezes martelam a cabeça, tanto do ator, como diretor ou apreciador das artes cênicas.
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