Que eu faço mil coisas não é segredo. E realmente, não mentem quando dizem que tempo é dinheiro e é precioso. Na última aula de interpretação, passamos para as improvisações clássicas. Algo meio complicado, o toque não é permitido, festas são formais, mesmo com pessoas bêbadas.
Não há necessidade de sentir vergonha de mostrar-se, mostrar o corpo. Não é necessário ensinar o público o que temos que, para eles, passar. Falar em demasia nos estraga e quando atuamos, ou atuamos ou somos diretores. Numa improvisação, ensaiar para que?
Outra dica é não chutar o amigo tão forte, coitado do Fernando que levou um chute meu. Era para ser de leve, fiquei até com vergonha depois.
Tudo, exatamente tudo no palco tem que ter um porquê ou um objetivo. Por que, por exemplo, que um bêbado contaria a Édipo que ele não é filho do rei? Temos que pensar nisso, nesses próprios sentimentos.
Para encenarmos alguma coisa, é necessário também o entendimento, a pesquisa. Nossa parte consciente nos ajuda muito, ela pode ser o ponta pé inicial para despertarmos nossas emoções, sentimentos, o sub-consciente. De que adianta interpretar Édipo se o fizermos como se anda no metrô de SP em 2011? Temos mais é que lembrar da Grécia, de seu contexto e quem era quem ali.
Essas foram algumas dicas que tomei nota da última aula. Amanhã tem mais e espero eu conseguir chegar em algum lugar com algum objetivo nessa aula que me dá medo e me encanta.
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